Plantas terrícolas, 36,5-79,5 cm alt. Raízes não vistas.
Folhas ausentes na floração.
Inflorescência pauciflora; bainhas amplectivas, lanceoladas, foliáceas, ápice agudo; raque 8,0-14,0 cm compr.; brácteas florais eretas, oblongo-lanceoladas, 2,0-3,0 cm compr., ápice agudo. Flores esverdeadas, relativamente grandes, fortemente recurvadas; sépala dorsal oblongolanceolada, 21,0-23,0 mm compr., 3,0-4,0 mm larg., ápice obtuso, sépalas laterais liguladooblongas, falcadas, carnosas, ca. 35,0 mm compr., 5,0-6,0 mm larg., ápice obtuso; pétalas oblongo-espatuladas, falcadas, 17,0-19,0 mm compr., 2,0-3,0 mm larg., ápice obtuso; labelo 3-lobado, fortemente recurvado, base pilosa, no restante glabro, terço médio abruptamente dilatado em lobos laterais eretos, arredondados, hipoquílio ca. 20,0 mm compr., 5,0-6,0 mm larg., com 2 aurículas dentiformes, epiquílio ca. 8,0 mm compr., 6,0-7,0 mm larg., lobo mediano ungüiculado, sub-rômbico, provido na região mediana de 2 calos longitudinais discretos, base com nectários ca. 5,0 mm compr.; ginostêmio robusto, ca. 10,0 mm compr., base prolongada em pé de ca. 18,0 mm compr., completamente adnado ao ovário; polínias claviformes, com viscídio espesso.
Fruto elipsóide, 1,0-2,0 cm compr.
Primeiramente conhecida para Minas Gerais (Barros 1987, como Sarcoglottis homalogastra (Rchb. f. & Warm.) Schltr.) e Bahia (Szlachetko & Rutkowski 1997), foi posteriormente coletada no Distrito Federal (Batista & Bianchetti 2003). Sarcoglottis curvisepala pode ser distinguida pelas flores fortemente recurvadas, sépalas laterais muito
longas e falcadas, sendo as partes livres tão longas quanto às partes basais adnadas ao ovário, e pelo terço médio do labelo abruptamente dilatado em lobos laterais arredondados. Outra característica importante é a venação ramificada no labelo e nas sépalas laterais (Szlachetko & Rutkowski 1997). Floresce de outubro a novembro.
Fonte: GUIMARÃES, L. R. S. Flora da Serra do Cipó (Minas Gerais, Brasil): Orchidaceae – subfamília Vanilloideae e subtribos Dendrobiinae, Oncidiinae, Maxillariinae (subfamília Epidendroideae), Goodyerinae, Spiranthinae e Cranichidinae (subfamília Orchidoideae). 150f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2010.