Trepadeira herbácea, glabra.
Estípula 1,2-3,5×1,1-1,9cm, oval-lanceolada a oblongo-lanceolada, oblíqua; pecíolo 3,5-7cm, com 2-4 pares de nectários, 1-3mm ligulados ou capitados, freqüentemente opostos a subopostos; lâmina membranácea, 4-12×6-15cm, 3-lobada, ápice arredondado a agudo, mucronulado, base cordada a quase truncada, porção unida 1,5-3,6(4,5)cm, lobos oblongo-elípticos a elípticos, central 3,5-4,5×2,2-3,1cm; laterais 3-4×2,4-3cm, divergindo a 110°-140°.
Flor solitária, 5-5,5cm; pedicelo 2-6cm, articulado a 3mm; brácteas verticiladas, freqüentemente abaixo da articulação, 1,2-1,5×1,1-1,5cm, suborbiculares, base cordada, freqüentemente serreada e glandular, verdes; hipanto 3×6-7mm, campanulado; sépala 2,3-2,7×0,5-0,7cm e arista 4-7mm, oblongo-lanceolada, dorso verde, ventre alvo; pétala subigual à sépala, alva; corona em 6 séries, 2 externas 15-20mm, radiadas, alvas, internas 3-5mm; opérculo 6mm, base membranosa, restante filamentoso; límen membranáceo, 2mm, margem ondulada; androginóforo 11-14mm; filete 7mm; antera 8-9mm; ovário 4-5×2-3mm, ovóide; estilete 8-9mm.
Baga (Sacco 1980) ca. 3,5cm, globoso, estipitado; semente 4-5×2,5-3mm, foveolada (Cervi 1997).
Espécie encontrada de São Paulo (onde presumivelmente está ameaçada de extinção) até o Rio Grande do Sul e Paraguai. E4, E6, E8, F5: na Mata Atlântica. Coletada com flor entre agosto e dezembro.
Fonte: BERNACCI, L. C. Passifloraceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 247-274, 2003.