Trepadeira glabra.
Estípula 10-20×3-9mm e arista 2-4mm, reniforme; pecíolo 15-37mm, com 4(6) nectários estipitados, próximos e acima do meio; lâmina membranácea, 40-63(78)×50-74mm, (3)5-7 palmatipartida, porção unida 2-7mm, lobos elíptico-lineares, central 3,3-4,5(5,2)×0,8-1,4(1,8)cm, intermediários 2,9-4,9×0,75-1,5cm, basais 1,6-3,9×0,6-1,2cm, divergindo a 40º-182º e 124º-322º.
Flor solitária, 4-7,2cm; pedicelo 3,6-4,9cm, articulado a 4-7mm; brácteas verticiladas, 15-17×13-15mm, ovadas;
hipanto 8-12×2-4mm, campanulado; sépala coriácea, 2-2,8×0,6-1,5cm e arista de 6mm, lanceolada; pétala 1,6-2,2×0,5-0,7cm, oblongo-lanceolada, branco-esverdeada; corona em 2 séries filiformes, externa 5-12mm, vinácea, branca e lilás da base para o ápice, interna 1-3mm; opérculo 1-2,5mm ereto e membranoso e 1,5-4,5mm fimbriado; nectário anular 1mm; límen membranáceo, 2-3mm; androginóforo 10-11mm; filete 6-7mm; antera 6-9mm; ovário 6-8×3-4mm, elíptico; estilete 8mm.
Baga 4,8×2,3cm oboval; semente 3,2-3,4×2,5-2,6×1,2-1,3mm, oboval, foveolada.
Ocorre do Ceará até o sul da Argentina; em São Paulo no leste, onde presumivelmente está ameaçada de extinção. D8, E7: borda e interior de matas. Coletada com flor entre novembro e maio e fruto em janeiro. A planta é cultivada
como ornamental.
Fonte: BERNACCI, L. C. Passifloraceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 247-274, 2003.