Trepadeira glabra. Estípula 1,7-3,8×(0,6)1,5-1,8cm e arista 2-3mm, subreniforme, encurvada, freqüentemente
decídua; pecíolo 1,9-4,7cm, com 2-3 pares de nectários 0,5mm estipitados, 1 par muito próximo da lâmina; lâmina
membranácea, 4,5-9×4-7,4cm, largamente oval a suborbicular, ápice agudo, mucronado ou arredondado até emarginado, margem inteira, base subcordada a truncada, subpeltada, às vezes, com 1-2 nectários.
Flor solitária, 5-6cm, vistosa; pedicelo 1,9-4,7cm, articulado a 5-6mm; brácteas verticiladas, 1,9-2,3×1,4-1,7cm, ovais, margem inteira, base cordada; hipanto 5×10-12mm, campanulado; sépala 2,5×1,2cm, oblongo-lanceolada, dorso verde, ventre alvo; pétala 3×1,2cm oblonga, alva; corona em 4-5 séries filiformes, 2 externas 25-30×1-1,5mm, radiadas, bandeadas de alvo e violeta, internas 0,5-1mm, estipitadas; opérculo 1,8mm, membranoso, margem inflexa pregueada, 0,6mm estipitada; nectário anular carnoso, 1mm; límen membranáceo, 4mm; androginóforo 12-15mm; filete 6-7mm; antera 7mm; ovário 3mm, elipsóide; estilete 6-7mm.
Baga 3,5-4cm, subglobosa, amarelo-pálido; semente 4,1-4,5×2,7-3,1×1,6-1,7mm, oboval, foveolada.
A espécie é encontrada nas matas do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo (onde presumivelmente está ameaçada de extinção), Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Killip (1938) cita o material de Puigari s.n. (P) para Apiaí (F5). E7, E8: coletada com flor entre setembro e novembro e fruto entre novembro e abril.
Fonte: BERNACCI, L. C. Passifloraceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 247-274, 2003.