Erva epífita, ca. de 6,0 cm de compr., crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo dos pseudobulbos. Pseudobulbos ca. de 1,5 cm de compr., ca. de 0,6 cm de diâmetro, aéreos, ovados, 1–foliados, com brácteas paleáceas.
Folha paralelinérvea, 3,2 × 0,4 cm, isolada, oblonga, face adaxial e abaxial verde sem máculas, coriácea, ápice agudo, base truncada, presente durante a floração.
Inflorescência terminal ao pseudobulbo, 3,8 cm de compr., pendente, sem keikis, 3–flora; pedúnculo ca. de 0,7 cm de compr., cor não visualizada; brácteas do pedúnculo 2, 11,0 mm de compr., ovadas a lanceoladas, membranáceas, ápice agudo, base truncada; raque 3,0 cm de compr.; bráctea floral 9,0 mm de compr., lanceolada, membranácea, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo não visualizado. Sépalas violetas, membranáceas, margem inteira, ápice agudo; laterais oblongas, separadas na base truncada, glabras; mediana oblonga, base truncada. Pétalas inteiras, violetas, oblongas, membranáceas, margem inteira, ápice agudo inteiro, base truncada. Labelo inteiro, violetas, membranáceo, glabro, sem calosidade, sem fímbrias; lobos laterais indiferenciados; lobo mediano indiferenciado; calcar ausente. Coluna sem projeções, encurvada, superfície ventral não visualizada; antena ausente. Antera não visualizada.
Fruto 1,5 × 0,4 cm incluindo rudimentos florais.
Essa espécie foi descrita originalmente como Sophronitis violacea em 1840, sendo transferida para o gênero Sophronitella Schltr. em 1925 e recentemente foi acomodada no gênero Isabelia a partir de análise molecular realizada por van den Berg et al. (2000).
Ocorre em Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina (Pabst & Dungs 1975). É citada por Toscano de Brito & Cribb (2005) no checklist das orquídeas da Chapada Diamantina.
Trata-se de uma planta de pequeno porte com apenas 6,0 cm de compr. e com flores vistosas de coloração violeta. O exemplar coletado estava com fruto e não foi possível descrever a flor dessa espécie pela indisponibilidade de material adicional no HUEFS, utilizando-se a descrição da Flora Brasiliensis para completar a descrição e ilustração das flores.
Frutifica no mês de outubro, sendo possível ser encontrada com flor em meados do ano corrente. A identificação do material apesar de não estar com flor procedeu-se pelas características vegetativas, pelo porte pequeno (6,0 cm de compr.), por ser epífita, além da presença de remanescente florais encontradas na planta com fruto, todos característicos de Isabelia violacea.
Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.