Erva epífita, 32,0–91,4 cm de compr., crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo do caule. Caule 11,5–39,2 cm de compr., 0,4–0,6 cm de diâm., aéreo, cilíndrico, 3–8–foliado, sem brácteas paleáceas.
Folhas paralelinérveas, 6,2–10,3 × 1,1–2,0 cm, alternas dísticas, ovadas, face adaxial e abaxial verde sem máculas, suculentas, ápice agudo, base truncada, presentes durante a floração.
Inflorescência terminal ao caule, ereta, com keikis, 2–4-flora; pedúnculo 9,2–48,0 cm de compr., cor não visualizada; brácteas do pedúnculo 4–7, 10,0–20,0 mm de compr., oblongas, paleáceas, ápice agudo, base truncada; raque 2,5–9,5 cm de compr.; bráctea floral 5,0–10,0 mm de compr., lanceolada, membranácea, ápice agudo, base truncada. Flores não ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo incluindo o ovário 22,0–35,0 mm de compr. Sépalas alaranjadas a avermelhadas, membranáceas, margem inteira, ápice agudo; laterais 17,0–26,0 × 5,0–6,0 mm, oblongas, separadas na base truncada, glabras; mediana 16,0–25,0 × 5,0–6,0 mm, oblonga, base truncada. Pétalas 16,0–26,0 × 5,0–6,0 mm, inteiras, alaranjadas a avermelhadas, oblongas, membranáceas,
margem inteira, ápice agudo, base truncada. Labelo trilobado, alaranjado a avermelhado, membranáceo, glabro, com calos denticulares, fimbriado; lobos laterais 6,0–7,0 × 6,0–11,0 mm (base), auriculado, abertos, 45º com lobo mediano; lobo mediano 6,0–7,0 × 4,0 mm, triangular; calcar ausente. Coluna 14,0–18,0 × 4,0–5,0 mm, sem projeções, prostrada, superfície ventral plana; antena ausente. Antera não visualizada.
Fruto 1,5 × 4,0 cm sem incluir rudimentos florais.
Descoberta nas proximidades de Salvador, só foi descrita em 1831 (Toscano de Brito & Cribb 2005). Ocorre no estado do Amazonas, Pará, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Mato Grosso (Pabst & Dungs 1975).
Na Bahia é citada para áreas de restinga (Harley & Mayo 1980) e para a Chapada Diamantina, embora os municípios de ocorrência sejam incertos (Toscano de Brito & Cribb 2005). No município de Morro do Chapéu, E. cinnabarinum foi coletado em área de caatinga.
Vegetativamente é muito similar ao E. secundum Jacq., mas suas flores são vermelhas e maiores com labelo fimbriado. Floresce de maio a julho.
Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.