Erva terrestre, 56,9–91,6 cm de compr., crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo do pseudobulbo. Pseudobulbos 13,4–37,9 cm de compr., 1,0–1,6 cm de diâm., aéreos, cilíndricos, 2–foliados, sem brácteas paleáceas.
Folhas paralelinérveas, 8,0–15,0 × 2,8–5,2 cm, alternas não-espiraladas, elípticas, face adaxial e abaxial verde sem máculas, suculentas, ápice obtuso, base truncada, presentes durante a floração.
Inflorescência terminal ao pseudobulbo, ereta, sem keikis, 3–4 flores; pedúnculo 37,2–40,5 cm de compr., verde; brácteas do pedúnculo 3–4, 4,0–11,0 mm de compr., ovadas, membranácea, ápice agudo, base truncada; raque ca. de 12,5 cm de compr.; bráctea floral 4,0–7,0 mm de compr., lanceolada, membranácea, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo incluindo o ovário 44,0–46,0 mm de compr. Sépalas avermelhadas, suculentas, margem ondulada, ápice agudo; laterais 35,0–41,0 × 11,0–16,0 mm, oblongas, separadas, base truncada, glabras; mediana 43,0–50,0 × 9,0–13,0 mm, oblonga, base truncada. Pétalas 42,0–43,0 × 8,0–11,0 mm, inteiras, avermelhadas, oblongas, suculentas, margem ondulada, ápice agudo inteiro, base truncada. Labelo trilobado, rosa, suculento, glabro, sem calosidade, sem fímbrias; lobos laterais 25,0–34,0 × 10,0–16,0 mm, ovados, dobrados sobre a coluna, menos de 45º com lobo mediano; lobo mediano 18,0–26,0 × 21,0–34,0 mm, cordiforme; calcar ausente. Coluna 25,0–31,0 × 9,0–11,0 mm, sem projeções, encurvada, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera 4,8–5,0 × 4,6–5,1 mm, sem apêndice apical; polínias 2, iguais, elípticas.
Fruto 4,4–4,8 × 1,3–2,1 cm sem incluir rudimentos florais.
Descrita em 1877 de material originário de Minas Gerais (Toscano de Brito & Cribb 2005), ocorre também na Bahia e Pernambuco (Pabst & Dungs 1975).
Na Bahia é referida apenas para a Chapada Diamantina em Abaíra, Andaraí, Ibicoara, Morro do Chapéu (Harley & Mayo 1980), Lençóis (Harley & Mayo 1980; Toscano de Brito 1998), Mucugê (Azevedo & Van den Berg 2007; Toscano de Brito & Cribb 2005; Harley & Simmons 1986), Palmeiras (Conceição et al. 2007; Conceição & Pirani 2005; Conceição & Giulietti 2002; Toscano de Brito 1998), Rio de Contas (Toscano de Brito 1995) e Seabra (Toscano de Brito & Cribb 2005; Cruz et al. 2003).
As sépalas e pétalas apresentam coloração vinácea ou marrom-avermelhada que pode ser menos intensa a depender do grau de exposição ao sol. Floresce entre março e julho.
Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.