Erva rupícola, 17,5–32,3 cm de compr., crecimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo do caule. Caule 2,3–10,5 cm de compr., 0,3 cm de diâm., aéreo, cilíndrico, 1–foliado, com brácteas paleáceas.
Folha paralelinérvea, 15,0–22,0 × 0,5 cm, isolada, cilíndrica, face adaxial e abaxial verde sem máculas, suculentas,
ápice agudo, base truncada, presente durante a floração.
Inflorescência saindo da base do caule, pendente, sem keikis, 2–3 flores; pedúnculo 1,6–2,2 cm de compr., cor não
visualizada; brácteas do pedúnculo 1, 4,0–6,0 mm de compr., rômbica, membranácea, ápice agudo, base truncada; raque 8,0–8,6 cm de compr.; bráctea floral 1,0–4,0 mm de compr., lanceolada, membranácea, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo incluindo o ovário 53,0–105,0 mm de compr. Sépalas amareladas, suculentas, margem inteira, ápice agudo; laterais 31,0 × 6,0 mm, lanceoladas, separadas, base truncada, glabras; mediana 36,0 × 6,0 mm, lanceolada, base truncada. Pétalas 34,0 × 5,0 mm, inteiras amareladas, lanceoladas, suculentas, margem inteira, ápice agudo, base truncada. Labelo inteiro, 30,0 × 27,0 mm, branco com fundo amarelo, membranáceo, glabro, sem calosidade, sem fímbrias; lobos laterais indiferenciados; lobo mediano indiferenciado; calcar ausente. Coluna 12,0 × 3,0 mm, com projeções auriculares, prostrada, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera não visualizada.
Fruto não visualizado.
Essa espécie foi descrita em 1829, com base em material coletado na região de Botafogo, Rio de Janeiro (Toscano de Brito & Cribb 2005). No Brasil há registros para Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe (Pabst e Dungs 1975) e Paraná (Angely 1965; Pabst & Dungs 1975). Na Bahia é citada para Monte Santo
(Harley & Mayo 1980) e para os seguintes municípios da Chapada Diamantina: Abaíra, Ibicoara, Morro do Chapéu, Rio de Contas, Palmeiras (Toscano de Brito & Cribb 2005) e Mucugê (Azevedo & van den Berg 2007). Em Morro do Chapéu foi encontrada vegetando entre rochas no alto de uma cachoeira e como epífita em áreas de mata. Floresce no mês de março.
Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.