Arbustos 0,4-2 m alt. Plantas glabras (ou esparsamente cobertas por tricomas).
Folhas com pecíolo 1-5 mm compr.; lâmina 1,7-4 x 1-2,1 cm, cartácea, oblanceolada ou elíptica, discolor, glabra; pontuações salientes ou impressas negras bem evidentes em ambas as faces; ápice agudo a cuneado; base cuneada; nervura central sulcada a plana; nervuras laterais 8-18 pares, salientes em ambas faces.
Inflorescências em panículas ou dicásios de 3-7 cm compr., axilares; pedicelo 1,5-4,5 cm compr.; brácteas 4-7 mm compr., lineares, glandulares; bractéolas 4-5 mm compr., lineares, glandulares. Botões florais 2-4 mm diâm., globosos a piriformes, glabros, amarelados.
Frutos 4-7 mm diâm., globosos, glabros.
Os dicásios geralmente 3-floros, os lobos 4-meros decíduos e a cicatriz quadrangular nos frutos são características que se distinguem das outras espécies. Além disso, apresentam pontuações negras bem evidentes a olho nu. No PEVV, a espécie foi coletada com flores em dezembro. Essa espécie pode ser confundida com Myrcia multiflora, devido à sua semelhança no formato e coloração das folhas (Fig. 4c) e presença de panículas. Porém, Blephacoralyx
salicifolius possui cicatriz quadrangular no fruto e maior ocorrências de dicásios. Os tipos de ambientes que a espécie é encontrada no Brasil incluem Mata Alântica, Cerrado, Pampas e Caatinga.
Fonte: ROCHA, O. H. Myrtaceae no Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. 64f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2018.