Árvores ca. 5 m alt.; ramos jovens acastanhados, glabros ou puberulentos, os adultos acinzentados, glabros. Catafilos 2–3 × 0,02–0,05 mm, lineares, glabros ou puberulentos, ápice agudo ou arredondado, margens ciliadas.
Folhas com pecíolo 3–6 mm compr., canaliculados, glabros; lâmina 2,9–8 × 0,8–2,25 cm, cartácea, lanceolada, plana, reticulada, glabra, glandulosa em ambas as faces (glândulas não visíveis a olho nu), ápice agudo, base cuneada, margens às vezes onduladas; venação acródroma, nervura central sulcada na face adaxial, saliente na abaxial, glabra em ambas as faces, 14–23 pares de nervuras secundárias, ascendentes, glabras, pouco visíveis na face abaxial, confluentes com a nervura intramarginal distante 0,4–1 mm da margem.
Inflorescências com 2–4 flores; pedicelos 1,7–2,7 cm compr., glabros; brácteas e bractéolas não vistas. Flores com lobos do cálice iguais, 4–5,1 × 1,2–1,9 mm, deltoides ou lineares, ápice agudo ou arredondado, glabros, ciliados,
glandulosos na face externa; pétalas não vistas; disco estaminal ca. 3,2 mm diâm., piloso; estames não vistos; hipanto 1,7–2,2 × 1,8–1,9 mm, liso, pubescente, eglanduloso.
Frutos 1–1,5 × 0,6–1 cm, lisos, globosos, achatados transversalmente, puberulentos, glândulas salientes; semente 1, ca. 7,3 × 3,7 mm, globosa, eglandulosa.
Eugenia potiraguensis é referida apenas para Bahia. E8 e H8: em Mata Atlântica, frutificando de junho a setembro.
Eugenia potiraguensis se assemelha a E. plicata pela forma, tamanho e textura das folhas. Suas folhas, no entanto, possuem glândulas visíveis na face abaxial e pecíolo mais longo (≥ 3 mm vs. ≤ 1,4 mm). Além disso, o disco estaminal é maior em E. potiraguensis (ca. 3,2 mm vs. ca. 2 mm diâm.).
Fonte: COUTINHO, K.; OLIVEIRA, M. I. U. de.; MAZINE, F. F. & FUNCH, L. S. Flora da Bahia: Eugenia sect. Eugenia (Myrtaceae). Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v.17, n.10, p. 01-14, 2017.