Melastomataceae – Tibouchina candolleana

Arvoreta ou árvore 2–5 m alt.; ramos distais quadrangulares, não alados, escabros, tricomas dendríticos, ramos proximais subcilíndricos; nós não circundados por coroa de tricomas.

Folhas opostas; pecíolo 0,5–1 cm compr.; lâmina 3–7 × 1,2–2,5 cm, elíptico-lanceolada, coriácea, ápice acuminado, base cuneada, margem inteira, não ciliada, revoluta, discolor, estrigosa em ambas as faces, tricomas dendríticos, não adpressos, não circundados por glândulas, 5 nervuras basais.

Inflorescências axilares e terminais, raque 5–10 cm compr., tricomas dendríticos; bractéolas 0,8–1 × ca. 0,2 cm, lanceoladas, não involucrais, tricomas dendríticos. Flores 5-meras; pedicelo 0,3–0,6 cm compr.; hipanto ca. 0,5 × 0,3–0,5 cm, campanulado, estrigoso, tricomas dendríticos; sépalas 0,3–0,5 × 0,15–0,2 cm, decíduas, ápice apiculado ou agudo, aristado; pétalas 1,2–2,5 × 1,4–1,8 cm, obdeltoides, ápice truncado, lilás. Estames 10, dimorfos; filetes antissépalos ca. 1,3 cm compr., os antipétalos ca. 0,7 cm compr., glândulas estipitadas em ambos os ciclos; conectivos prolongados abaixo das anteras apenas no ciclo antissépalo, ca. 0,2 cm compr., apêndices com glândulas estipitadas em ambos os ciclos; anteras antissépalas ca. 0,9 cm compr., as antipétalas ca. 0,6 cm compr., púrpura ou creme.
Ovário hirsuto no terço apical; estilete reto, com glândulas estipitadas; estigma truncado.

Cápsulas ca. 0,8 × 0,7 cm, não costadas.

Endêmica do Brasil, no Distrito Federal, Goiás, Bahia, Minas Gerais e Paraná (Meyer et al. 2010). F5, F6: campos rupestres e áreas de transição entre cerrado e caatinga, na Chapada Diamantina e na Serra Geral. Coletada em estágio reprodutivo de julho a dezembro.

Tibouchina candolleana é caracterizada pela combinação de hábito arbóreo, folhas com 5 nervuras basais, glândulas estipitadas no estilete, filetes e nos apêndices estaminais. Assemelha-se em relação ao hábito, forma e dimensão foliares e ao fruto com T. francavillana e T. elegans, que diferem pelo estilete glabro e as folhas com nervuras suprabasais no par externo em T. francavillana e pelas folhas com 3 nervuras basais e filetes seríceos em T. elegans.

Fonte: FREITAS, J. G.; SANTOS, A. K. A. dos.; GUIMARÃES, P. J. F. & OLIVEIRA, R. P. Flora da Bahia: Melastomataceae – Tibouchina s.l. Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v. 16, n. 10, p. 01-46, 2016.

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