Arbustos a árvores 2–9 m alt.; ramos glabros.
Folhas 5,5–10 x 2–4,5 cm, 3+2 nervuras basais a suprabasais (0,5–1 cm acima da base) livres, margem glabra, face
abaxial glabra. Panículas dicasiais 2-10 cm compr., laterais e terminais.
Flores 5–6-meras. Hipanto 1–2 mm compr., externamente com tricomas estrelados. Cálice caduco; tubo ca. 0,5 mm compr., lobos ca. 0,6 mm compr., dentes externos não visíveis. Estames 10–12; anteras 1,5–2 mm compr., uniporadas, brancas; conectivo prolongado abaixo das tecas, com apêndices dorsais agudos e ventrais levemente bilobados, às vezes ausentes.
Ovário com ápice glabro; estilete filiforme, glabro.
Miconia tristis ocorre no Paraguai e Brasil, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Goldenberg & Caddah 2015; Goldenberg et al 2013). No Espírito Santo é encontrada em floresta ombrófila densa montana e altomontana com inselbergues e em matas de encosta.
Coletada com flores em abril e maio e com frutos de fevereiro a outubro. A espécie é reconhecida pelas inflorescências terminais e laterais e face abaxial da folha glabra. Ver comentários de M. latecrenata.
Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.