Árvores 3–8 m alt.; ramos com tricomas simples mesclados com tricomas estrelados.
Folhas 6,5–11 x 2–3,5 cm, 3+2 nervuras suprabasais livres (0,4–0,7 mm acima da base), margem ciliada, face abaxial com tricomas semelhantes aos dos ramos, superfície visível. Panículas dicasiais 5–7 cm compr., terminais.
Flores 5-meras. Hipanto ca. 1–1,5 mm compr., externamente com tricomas simples esparsos. Cálice caduco; tubo 0,8 mm compr., lobos 0,2–0,3 mm compr., dentes externos ca. 0,1 mm, denticulados. Estames 10; anteras ca. 1,5 mm compr., com uma abertura longitudinal da base ao ápice das tecas, brancas; conectivo levemente prolongado abaixo das tecas, com duas aurículas ventrais pequenas.
Ovário com ápice glabro; estilete filiforme, glabro.
Miconia trianae ocorre em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo (Goldenberg & Caddah 2015). No Espírito Santo foi coletada com frutos em janeiro.
A espécie assemelha-se a Miconia ibaguensis pelos tricomas simples que revestem os ramos, folhas e hipanto, porém, a segunda apresenta deiscência das anteras por um poro apical, enquanto M. trianae possui anteras deiscentes uma abertura longitudinal da base ao ápice das tecas. Existem somente duas coletas de M. trianae no Espírito Santo, provenientes do município de Cachoeiro de Itapemirim.
Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.