Arbustos 3–4 m alt.; ramos com tricomas estrelado-furfuráceos; pedicelos e nós dos eixos das inflorescências com tufos de tricomas dendríticos.
Folhas 8,5–12,5 x 4,5–7 cm, 5+2 nervuras levemente suprabasais (ca. 0,2 cm acima da base) livres, margem glabra, face abaxial com tricomas estrelado-furfuráceos esparsos, superfície visível. Panículas dicasiais 12–15 cm compr. terminais.
Flores 5-meras. Hipanto ca. 5 mm compr., externamente com tricomas estrelado-furfuráceos. Cálice caduco; tubo ca. 1,5 mm compr., lobo ca. 1 mm compr., dentes externos ca. 1,5 mm compr., triangulares. Estames 10; anteras ca. 8–9 mm compr., uniporadas, amarelas; conectivo não prolongado abaixo das tecas, dorsalmente espessado e ventralmente biauriculado.
Ovário com ápice glabro; estilete filiforme, glabro.
Miconia staminea ocorre na Argentina, Paraguai e no Brasil (Goldenberg et al. 2013). No território brasileiro é encontrada no Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro (Goldenberg & Caddah 2015). Para o Espírito Santo existem somente duas coletas, em ambientes recobertos pela restinga e mata de tabuleiro. Com flores em dezembro.
A espécie caracteriza-se pelos tufos de tricomas dendríticos nos eixos da inflorescência, flores grandes e por suas anteras amarelas, filiformees com conectivo não prolongado abaixo das tecas com apêndices dorsais espessados e ventrais biauriculados.
Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.