Arbustos a árvores 2–14 m alt.; ramos com tricomas estrelados, glabrescentes.
Folhas 5–15 x 2–4,5 cm, 3+2 nervuras basais a suprabasais (até 1 cm acima da base) unidas na face abaxial por membranas (domácias), margem glabra, face abaxial com tricomas estrelados concentrados nas nervuras, superfície visível. Panículas dicasiais 4–10 cm compr., terminais.
Flores 4–5-meras. Hipanto ca. 1,6 mm compr., externamente com tricomas estrelados esparsos. Cálice caduco; tubo 0,3–0,5 mm compr., lobos 0,5–0,7 mm compr., dentes externos reduzidos. Estames 8–10, anteras 1,3–2 mm compr.,
com uma abertura longitudinal da base ao ápice das tecas, brancas; conectivo curtamente prolongado abaixo das tecas, inapendiculado.
Ovário com ápice revestido por tricomas estrelados; estilete filiforme, glabro.
Miconia pusilliflora ocorre no Brasil, Argentina e Paraguai (Goldenberg et al. 2013). No Espírito Santo é encontrada principalmente em floresta ombrófila montana, altomontana e altomontana com inselbergues, mas também se desenvolve em vegetações costeiras. Coletada com flores de janeiro a junho e frutos em janeiro e de junho a setembro.
Miconia pusilliflora caracteriza-se pelas faces das folhas revestidas por tricomas estrelados esparsos, deiscência das anteras por aberturas ventrais semelhantes a rimas, abrindo do ápice a base das tecas e ovário recoberto por tricomas estrelados. É semelhante a M. valentinensis, porém, tal espécie apresenta cristas longitudinais nos ramos, folhas com base amplamente truncada, cálice prematuramente caduco e ápice do ovário glabro. Ver comentários de M. kollmannii.
Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.