Melastomataceae – Miconia atlantica

Árvores 2–10 m alt.; ramos com tricomas estrelados.

Folhas 9,5–30 x 4,5–11,5 cm, 3+2 nervuras suprabasais (até 1,5 cm acima da base) livres, margem glabra, face
abaxial com tricomas estrelados depauperados, superfície visível. Panículas de glomérulos 7,5–15 cm compr., terminais.

Flores 5-meras. Hipanto ca. 2 mm compr., externamente com tricomas estrelados. Cálice caduco; tubo 0,2–0,5 mm compr., lobos ca. 0,1 mm compr., dentes externos 0,2–0,3 mm compr., subulados. Estames 10; anteras 1,7–2,5 mm compr. uniporadas, brancas; conectivo prolongado abaixo das tecas, inapendiculado.

Ovário com ápice revestido por tricomas estrelados; estilete filiforme, glabro.

Miconia atlantica ocorre no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo (Caddah 2013). No Espírito Santo é encontrada em floresta ombrófila densa montana. Coletada com flores em novembro e frutos de janeiro a junho.

A espécie caracteriza-se pelas inflorescências glomeruladas e face abaxial da folha revestida esparsamente por tricomas estrelados depauperados. É morfologicamente semelhante a M. budlejoides e M. discolor, porém, a primeira possui face abaxial da folha, ramos e inflorescências densamente revestidos por tricomas estrelados não depauperados e a segunda apresenta folhas fortemente decurrentes e inflorescências estreitas (Caddah & Goldenberg 2013).

Miconia atlantica vinha sendo identificada como uma “forma glabrescente” de M. budlejoides (Goldenberg & Reginato 2006; e em espécimes depositados em vários herbários) e foi tratada como Miconia sp.1 na Flora do Estado de São Paulo (Goldenberg 2009).

Fonte: BACCI, L. de. F. Miconia Ruiz & Pav. (Melastomataceae) no Estado do Espírito Santo, Brasil. 163f. Dissertação (Mestrado), Pós-graduação em Botânica do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

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