Arvoreta ou árvore, 1–5 m alt. Ramos subcilíndricos, decorticantes na base. Ramos, folhas, pecíolos, hipanto e sépalas estrelado-furfuráceos, folhas às vezes glabrescentes.
Folhas discolores, cartáceas, patentes, pecioladas, pecíolos 0,4–1,3 cm compr.; lâmina 5–13 × 1,3–3,5 cm, elíptico-lanceolada, ápice agudo a caudado, base aguda a atenuada, margem levemente denteada na porção superior, inteira na porção inferior, levemente revoluta, 2 pares de nervuras acródromas basais, par marginal inconspícuo, domácias presentes.
Panículas tirsoides, terminais, ca. 5 cm compr. Flores 5-meras, sésseis; hipanto 1,5–2,3 × ca. 1,5 mm, campanulado;
cálice caduco, limbo interno da sépala ca. 1,5 × 1 mm, triangular, dente externo ca. 0,5 × 0,3 mm, triangular; pétalas 2–2,3 × 1,3–1,5 mm, alvas, oblongas a obovais, ápice arredondado, margem não ciliada; estames 10, isomorfos, creme, filetes 1,5–1,8 mm compr., glabros, anteras 1,3–2 mm compr., lineares, uniporosas, poro longitudinal amplo semelhante a uma rima, pedoconectivo ca. 0,3 mm, inapendiculado; ovário 3-locular, semi-ínfero; estilete 2,7–3,5 mm compr., glabro, estigma truncado, glanduloso.
Baga 2–3,2 × 2,4–2,9 mm, nigrescente.
Na Serra do Ouro Branco ocorre em campo rupestre e borda de mata. Coletada com flores em outubro e frutos em fevereiro. Reconhecida entre as demais espécies de Miconia da Serra do Ouro Branco pela presença de ramos decorticantes e anteras com poros longitudinais amplos, semelhantes a uma rima, além das domácias entre o primeiro par de nervuras.
Fonte: HEMSING, P. K. B. Melastomataceae da Serra do Ouro Branco, Minas Gerais, Brasil. 135f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal. Uberlândia-