Ervas a subarbustos, 0,5-2m; ramos com indumento denso, ferrugíneo, constituído de tricomas estrelados e glandulares esparsos, glabrescentes.
Folhas de lâmina 3-7,7×0,7-1,7cm, concolor, estreitamente elípticas, lineares em direção ao ápice dos ramos, ápice agudo ou curto-acuminado, margem irregularmente serreada, base arredondada, face adaxial com tricomas simples e estrelados esparsos, glabrescente, face abaxial com tricomas estrelados sobre as nervuras e tricomas simples esparsos em toda superfície; estípulas 4-7mm, estreito-triangulares; pecíolos 2-9mm.
Cimeiras axilares, cimas 2-5-floras; profilos 2-3mm, estreito-triangulares a lineares; pedicelos 1-2mm; cálice 2-2,7mm, lobos ca. 1mm, com tricomas simples, estrelados e glandulares; pétalas 8,5-10mm, roxas, lilases ou róseas, tricomas simples esparsos e tricomas glandulares na porção apical, unha 1,5-2mm; forma brevistila: tubo estaminal 5,5-6mm, filetes parcialmente concrescidos; ovário ovóide; estiletes 2-2,5mm; forma longistila: não vista.
Cápsula 1,5-3mm diâm., globosa, com tricomas simples ferrugíneos, mais adensados na porção apical, loculicida, séssil, rostro 0,2-0,5mm; sementes 2-2,5mm, 1 por lóculo, castanho-claras.
América do Sul: Bolívia, Brasil, Paraguai e Argentina. No Brasil não há registro de ocorrência da espécie apenas na região Nordeste. São Paulo: E7, floresta ombrófila densa, perto de rios. Flores e frutos em outubro.
Espécie rara no Estado de São Paulo, conhecida por somente um material coletado na década de 60. Caracteriza-se principalmente pelas lâminas foliares estreitamente elípticas, tornando-se lineares em direção ao ápice dos ramos, com margem irregularmente serreada (Prancha 3: G). Assemelha-se a M. graminifolia A. St.-Hil., referida por Goldberg (1967) como tendo ocorrência duvidosa no Estado de São Paulo, porém sem nenhum registro até o presente.
Fonte: CRUZ, F. R. Sterculiaceae Vent. no Estado de São Paulo. 108f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2007.