Subarbustos, 1-2m; ramos cilíndricos, estriados, glabros, inermes.
Folhas pecioladas; lâmina foliar concolor, 9,5-21×0,6-2cm, coriácea, estreitamente ovada ou raramente elíptica, glabra, ápice agudo, mucronado, margem inteira, base atenuada, 3-nervada; nectários situados entre a lâmina e o pecíolo, uniaberturados, abertura cilíndrica; estípulas ca. 2mm, estreitamente triangulares; pecíolos 4-5mm, não alados.
Cimas 5-9-floras; profilos 0,2-0,4mm, estreito-ovados a lineares; pedúnculos 5-10mm; cálice 3-3,5mm; pétalas cremes; unha 0,5-2mm; lâmina 2-6mm, carnosa, cilíndrica, pilosa na base; tubo estaminal ca. 1mm, urceolado; estaminódios com 1 proeminência; ovário 0,3-0,4mm; estiletes 0,1-0,2mm.
Fruto ca. 10-11mm diâm., subgloboso; acúleos 1-2mm, cônicos, esparsos entre si; sementes 5-7mm, castanhas, rugosas.
Exclusivamente no Brasil, Mato Grosso e São Paulo. B3, C4, C5, D4, D5, D6: cerrado, em terrenos brejosos. Flores e frutos de novembro a maio.
Byttneria palustris apresenta vários caracteres exclusivos: ramos inermes, totalmente glabros e nectários foliares situados entre a lâmina e o pecíolo, com abertura cilíndrica (Prancha 1: P).
Algumas coleções da espécie depositadas nos herbários paulistas estavam erroneamente identificadas como B. ramosissima Pohl. Contudo, além da organização das inflorescências, comprimento dos pecíolos e forma das lâminas foliares, as duas espécies diferem quanto à distribuição geográfica. B. ramosissima ocorre no Paraguai, Argentina e Brasil (GO, MG) e B. palustris tem distribuição exclusivamente brasileira (MT, SP).
Fonte: CRUZ, F. R. Sterculiaceae Vent. no Estado de São Paulo. 108f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2007.