Subarbustos, até 75cm; ramos cilíndricos, estriados, aculeados, com tricomas simples, acúleos ca. 0,5mm.
Folhas subsésseis; lâmina foliar concolor, 9,2-14×1-1,8cm, coriácea, oblonga a estreitamente ovada, ápice arredondado, mucronado, margem inteira, base arredondada, 5-nervada, com tricomas simples em ambas faces; nectários situados na base da lâmina sobre a nervura média, uniaberturados, abertura oval; estípulas 5-6mm, subuladas; pecíolos 2-3mm, não alados.
Cimas 5-6-floras; profilos 0,1-0,3mm, lineares; pedúnculos 5-8mm; cálice 6-7mm, arroxeado, glabro na face externa; pétalas arroxeadas; unha ca. 1mm; lâmina 6,5-10mm, carnosa, cilíndrica, vilosa na base; tubo estaminal ca. 1mm, urceolado; estaminódios com 1 proeminência; ovário 0,3-0,4mm; estiletes 0,2-0,3mm.
Fruto não visto.
América do Sul: Paraguai e no Brasil, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. C5: cerrado. Flores de agosto a abril.
Espécie reconhecida pelos ramos cilíndricos e estriados, recobertos de tricomas simples e acúleos com até 0,5mm. É distinta também pelas folhas subsésseis, com pecíolos de 2-3 mm e lâmina pentanervada na base. Dentre os caracteres florais, destaca-se a lâmina da pétala de comprimento até 10 vezes maior que a unha (Prancha 1: O).
Na Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção (SMA 2004), B. oblongata foi inserida na categoria Presumivelmente extinta (EX) com base na ausência de novos registros nos últimos 50 anos, inclusive em condição ex-situ. Tal posicionamento será mantido, uma vez que não foram encontrados outros materiais da espécie, sendo seu estudo no presente trabalho complementado com o exame de materiais provenientes de Minas Gerais (Macedo 478), Goiás (Irwin 7531) e Santa Catarina (Smith 14063).
De acordo com Cristóbal (1976), Byttneria oblongata assemelha-se a B. subsessilis Cristóbal, espécie distribuída no Paraguai e no Brasil (MG e SP) e distinta pelos ramos glabros, inermes e sem estrias. A autora menciona a ocorrência de B. subsessilis no Estado de São Paulo, entretanto, durante o desenvolvimento do presente trabalho, não foram encontrados materiais da espécie.
Fonte: CRUZ, F. R. Sterculiaceae Vent. no Estado de São Paulo. 108f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2007.