Subarbustos 0,60-1m, pouco viscosos; ramos com tricomas finos, densos e alvos, malpiguiáceos, entremeados com
tricomas glandulares longos, brancos ou avermelhados.
Folhas opostas, sésseis a pecioladas; pecíolo 0-4mm; lâminas 40-90×12-30mm, membranáceas a cartáceas, lanceoladas a estreito-elípticas, ápice agudo, margem plana, base aguda, face adaxial glabra, nítida ou lâminas com
diminutos tricomas malpiguiáceos.
Racemos bracteosos. Flores opostas, pedicelo 4-10mm, bibracteolado; tubo floral 2,5-3cm, vermelho com ápice creme-esverdeado, com tricomas eretos de diferentes tamanhos, base bulbosa; calcar curto, deflexo, 3-4mm; pétalas 0; filetes livres na porção apical do tubo, exsertos; vesículas infra-estaminais ausentes; estilete glabro; óvulos ca. 40; glândula nectarífera dorsal, deflexa.
Sementes com margem arredondada.
Espécie amplamente distribuída na América do Sul ocorrendo na Argentina, Equador, Guianas, Paraguai, Venezuela e Brasil, nos Estados do Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. B3, B4, C5, C6, D1, D4, D5, D6, D7, E7: às margens de rios e locais brejosos. Floresce de janeiro a agosto, frutos maduros foram encontrados especialmente no mês de abril.
C. melvilla é a única espécie da seção Melvilla que ocorre no Estado de São Paulo e é bastante distinta das outras espécies do gênero, podendo ser facilmente reconhecida pelas suas flores maiores e apétalas, com tubo floral alcançando 2,5-3cm e de cor vermelho-intenso.
Fonte: CAVALCANTI, T. B. & GRAHAM, S. Lythraceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 163-180, 2002.