Lythraceae – Cuphea lindmaniana

Ervas anuais, eretas a freqüentemente decumbentes, ramificadas a partir de perto da base em ramos longos; ramos com tricomas não glandulares brancos, diminutos, entremeados por tricomas glandulares esparsos mais longos.

Folhas opostas, sésseis a subsésseis; pecíolo 1-2mm; lâminas 13-30×3-9mm, membranáceas, oval-oblongas, ápice obtuso a agudo, margem plana, escabra, base obtusa, hirsutas ou glabras.

Racemos frondosos. Flores opostas; pedicelo 4-6mm, bractéolas 0; tubo floral 4,5-5mm, roxo, hirsuto; calcar longo, 1,5-3mm, horizontal a ascendente; pétalas 6, 2 dorsais arroxeadas, 4 ventrais brancas ou arroxeadas, caducas no fruto; filetes livres na porção apical do tubo; vesículas infra-estaminais ausentes; estilete viloso; óvulos 25-30; glândula nectarífera dorsal, horizontal.

Sementes delicadas, margem afinada.

Espécie registrada apenas para os Estados do Paraná e São Paulo. E7: brejos, margens de rios e outros locais úmidos. Flores em outubro e novembro.

Nos estudos em andamento sobre o gênero, C. varia Koehne ex Bacig., também citada para São Paulo, será provavelmente considerada como sinônimo de C. lindmaniana por diferir apenas na coloração das pétalas. Outra espécie relacionada é C. ramosissima Koehne, que apresenta-se distintamente ramificada, com ramificações curtas ao longo do caule, folhas com pecíolo mais longo (2-9mm), inflorescência bracteosa distinta, com brácteas bem diferenciadas das folhas em forma e tamanho, deixando as flores bem destacadas. Além disso, C. lindmaniana apresenta número cromossômico n=16 e C. ramosissima n=10.

Fonte: CAVALCANTI, T. B. & GRAHAM, S. Lythraceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 163-180, 2002.

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