Liana, até 30 m alt.; ramos castanhos, acinzentados ou negrejantes, cilíndricos, glabros, pubérulos a pilosos; lenticelas ausentes; gavinhas presentes.
Folhas com pecíolo 3–10 mm compr.; lâmina verde, castanha a verde-amarelada quando seca, discolor, 5,5–16,5 ×
2–7 cm, elíptica, oblonga a ovado-elíptica, cuneada, atenuada a arredondada na base, acuminada a cuneada no ápice, revoluta ou não nas margens, papirácea a coriácea, glabra em ambas as faces, triplinérvea a quintuplinérvea.
Tirsos terminais e raramente axilares, laxos ou congestos, 40–50 flores; pedúnculo 0,3–2 cm compr., glabro a pubescente; brácteas 0,4–5 mm compr., ovadas, agudas no ápice, ciliadas nas margens. Flores sésseis ou pedicelo até 3 mm compr. Sépalas 0,8–1,2 × 0,4–0,6 mm, ovadas, agudas no ápice, ciliadas nas margens. Corola creme com lobos
amarelos, hipocrateriforme; tubo 5–5,5 mm compr., papiloso externamente, piloso internamente; lobos 2–2,6 × 0,8–1,2 mm, ovado-lanceolados, papilosos externamente, pilosos para a base internamente. Estames semiexsertos; filetes ca. 0,2 mm compr.; anteras ca. 0,8 mm compr., basifixas, glabras. Ovário ca. 1 mm compr.; estilete 5,5–7 mm compr.; estigma depresso-capitado.
Bagas imaturas verdes, 3,5–4,2 × 3,3–3,7 cm; pericarpo coriáceo, levemente rugoso a liso.
Sementes 6–8, 1–1,2 × 0,8–1 cm.
Endêmica do Brasil, ocorrendo nos estados da Bahia e Espírito Santo (Krukoff & Barneby 1969; Guimarães et al. 2017). F7, G8 e H8: florestas ombrófilas denso-montanas e submontanas. Floresce em julho, tendo sido coletada com frutos em fevereiro.
Strychnos romeubelenii é uma trepadeira lenhosa que atinge até 30 m de altura, com folhas geralmente papiráceas a coriáceas, glabras em ambas as faces. É parecida com S. bahiensis, pelo formato e cor das folhas, distinguindo-se pelas nervuras secundárias, que emergem geralmente 0,7–1,5 cm acima da base da folha (vs. na base), as inflorescências terminais ou raramente axilares (vs. apenas axilares), sépalas menores (menos que 0,8 mm vs. mais que 1 mm compr.) e corola menor (menos que 8 mm vs. mais que 9 mm compr.), externamente papilosa (vs. pubescente).
Fonte: BRANDÃO, E. K. de S. & RAPINI, A. Flora da Bahia: Loganiaceae. Rev. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 18, n. 10, p. 01-49, 2018.