Erva ereta a subarbusto, 0,3–0,4 m alt.; ramos castanho-claros, cilíndricos, pubescentes; lenticelas ausentes; espinhos e gavinhas ausentes.
Folhas sésseis ou pecíolo até 2 mm compr.; lâmina verde a castanhonegrejante quando seca, concolor, 0,7–1,1 × 0,3–1,1 cm, ovada a largo-ovada, subcordada a cordada na base, arredondada a retusa no ápice, geralmente espessada e
ciliada nas margens, coriácea a subcoriácea, glabra em ambas as faces, quintuplinérvea.
Tirsos terminais, congestos, 9–12 flores; pedúnculo até 0,5 cm compr., pubérulo; brácteas 0,5–2(–2,5) mm compr., deltoides, agudas no ápice, ciliadas nas margens. Flores com pedicelo até 1 mm compr. Sépalas verdes, 0,8–1 × ca.
0,8 mm, largo-ovadas, acuminadas no ápice, esparsociliadas nas margens. Corola branca a verde-clara, curtoinfundibuliforme; tubo 0,8–1 mm compr., papiloso externamente, glabro internamente; lobos 2–2,5 × 0,8–1,3 mm, ovados, papilosos externamente, barbados para a base internamente. Estames exsertos; filetes 0,2–0,3 mm compr.; anteras 0,7–0,8 mm compr., basifixas, glabras. Ovário 0,7–0,8 mm compr.; estilete 0,5–0,6 mm compr.; estigma capitado.
Bagas imaturas, 0,5–0,8 × 0,6–0,8 cm; pericarpo suculento, minutamente rugoso.
Sementes não vistas.
Ocorre nos estados de Tocantins e Bahia (Brandão & Rapini 2017). F3: campos sujos e cerrados, crescendo exposta ao sol, em solos arenosos. Encontrada com flores em outubro, após queimada.
Strychnos nana varia de erva a subarbusto de pequeno porte, com flores tetrâmeras em ramos laterais e pentâmeras nos ramos apicais. É similar a S. parvifolia e S. rubiginosa, as quais apresentam ampla distribuição, ocorrendo também no cerrado. As três espécies compartilham características reprodutivas, como corola curto-infundibuliforme e frutos com pericarpo suculento.
Mas S. nana pode ser diferenciada pelo hábito reduzido (menor que 40 cm vs. maior que 50 cm de altura), ramos inermes (vs. com espinhos em S. parvifolia), folhas reduzidas (até cerca de 1 cm vs. 2–8,5 cm compr.), espessadas nas margens (vs. não espessadas) e tirsos menores (raramente alcançando 1 cm vs. 1–5,5 cm compr.), com menor quantidade de flores (9–12 vs. 15–50).
Fonte: BRANDÃO, E. K. de S. & RAPINI, A. Flora da Bahia: Loganiaceae. Rev. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 18, n. 10, p. 01-49, 2018.