Loganiaceae – Spigelia blanchetiana

Erva, raramente subarbusto, 20–40 cm alt.; ramos verdes a verde-oliva, cilíndricos a subtetrágonos, costados, glabros a pubérulos nos nós.

Folhas opostas cruzadas, sésseis; lâmina verde, concolor, 0,9–2 × 0,2–1 cm, ovada a oblongo-ovada, arredondada a cuneada na base, aguda, acuminada a mucronada no ápice, revoluta nas margens, papirácea a cartácea, glabra em ambas as faces, nervuras imersas em ambas as faces; estípulas truncadas a acuminada, ca. 0,2 mm compr.

Cimeiras escorpioides, isoladas, terminais ou raramente axilares, 4–9 flores, 2–5 cm compr.; pedúnculo 0,5–3 cm compr., glabro; brácteas 3–4,5 mm compr., lanceoladas, agudas no ápice, dentículos hialinos nas margens. Flores sésseis ou pedicelo até 0,4 mm compr. Sépalas 4,5–5 × 0,8–1 mm, lanceoladas, agudas no ápice, glabras a papilosas nas margens. Corola purpúrea a vinácea no tubo, lobos brancos, infundibuliforme; tubo 11–12,5 mm compr., papiloso externamente, glabro internamente; lobos 4–6,5 × 1,5–2,5 mm, ovados a ovado-lanceolados, papilosos
externamente, glabros internamente. Estames inclusos; filetes 1,4–1,6 mm compr.; anteras 1,6–1,8 mm compr.
Ovário 1–1,2 mm compr.; estilete 10–11,5 mm compr.; estigma filiforme.

Cápsulas verde-olivas, 3,5–4 × 4–4,5 mm; mericarpos arredondados, glabros. Carpoatlas elíptico, arredondado a truncado nas extremidades; forame circular.

Sementes 10, 1–1,2 × 0,7–0,8 mm.

Endêmica do Brasil, ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais e Paraná (Guimarães et al. 2017). D7: campos rupestres, em afloramentos areno-pedregosos, com solos litólicos ou em áreas de brejo, até 1.200 m de altitude.

Spigelia blanchetiana é conhecida na Bahia somente pelo material-tipo. A espécie é facilmente reconhecida pelos ramos cilíndricos a tetrágonos, costados com 4 lamelas verticais, folhas sésseis, geralmente ovadas a oblongas, com ápice agudo, mucronado, cimeiras pedunculadas, com 4 a 9 flores, e sépalas 3 vezes mais curtas que a corola.

Fonte: BRANDÃO, E. K. de S. & RAPINI, A. Flora da Bahia: Loganiaceae. Rev. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 18, n. 10, p. 01-49, 2018.

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