Trepadeiras lenhosas; ramos quadrangulares seríceos; estípulas epipeciolares, ausentes ou vestigiais, livres.
Folhas reduzidas nas inflorescências ausentes; pecíolo 10–17 mm compr., canaliculado, seríceo, 0–4 glândulas no ápice; lâmina foliar 11–17,2 × 4,1–6,3 cm, cartácea, oblonga a elíptica, base arredondada, margem inteira, plana, ápice mucronado, face adaxial glabrescente a glabra, face abaxial serícea, nervura central impressa na face abaxial, eglandular.
Dicásio de cincinos 1-floros, 20–144 flores; raque serícea; brácteas 1,2–1,8 mm compr., cartáceas, triangulares, persistentes, eglandulares; bractéolas 1,8–2,5 mm compr., cartáceas, triangulares, persistentes, eglandulares; pedúnculos 0,8–1,4 mm compr. Flores com pedúnculos sésseis, pedicelos 2,6–3,4 mm compr., seríceos; sépalas adpressas ao androceu, 1,9–2 × 1,3–1,6 mm, ápice arredondado a agudo, face adaxial glabra, face abaxial serícea, as 4 laterais com 2 elaióforos cada, a anterior eglandular; elaióforos 4, verdes, 0,7–1,3 × 1–2 mm; pétalas amarelas, orbiculares, margem erosa; pétalas laterais 5,6 × 4,4 mm, unguículos 0,8 × 0,3 mm; pétala posterior 4,1 × 3,2 mm, unguículo 3 × 0,7 mm; estames com filetes 1,3–1,6 mm compr., conectivos glandular das anteras presente, cobrindo face posterior dos lóculos, lóculos glabros; ovário 1,2 × 1 mm, esférico, seríceo; estiletes 1,8 × 0,1 mm, arqueados, divergentes, cilíndricos, esparsamente seríceos; estigma apical, truncado.
Mericarpos alados, marrons quando maduros, duas alas laterais livres formando um “V” e uma pequena crista central, cartáceas, seríceas, tricomas não urticantes, alas 2,5–3 × 0,7–0,9 cm; núcleo seminífero 7,1–7,5 mm comprimento, levemente estriado, seríceo.
Endêmica do Brasil, ocorre nos estados de Amazonas, Pará, Amapá, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo (Anderson 2001b; BFG 2018). No Espírito Santo é encontrada em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa. Coletada com flor de junho a outubro e com fruto em maio e outubro.
Lophopterys floribunda pode ser identificada por possuir raque, pedúnculos e pedicelos com indumento marrom a marrom escuro e pelos seus frutos esquizocárpicos com alas formando um “V”, além de seus ramos quadrangulares.
Fonte: BARROS, P. H. D. Flora do Espírito Santo: gêneros Alicia, Amorimia, Barnebya, Bunchosia, Carolus, Dicella, Heladena, Hiraea, Lophopterys, Mascagnia, Mezia, Niedenzuella, Tetrapterys e Thryallis (MALPIGHIACEAE). 100f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical), Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus- ES, 2019.