Lamiaceae – Cantinoa racemulosa

Subarbusto ca. 0,7 m alt., ramos tomentosos, tricomas tectores ou glandulares.

Folhas pecioladas; pecíolo 1-3 cm compr.; lâmina membranácea, oval, 6-10 cm compr., 3,5-5,5 cm larg., ápice acuminado, margem duplamente serrada, base atenuada, face adaxial tomentosa, tricomas tectores ou glandulares,
face abaxial densamente tomentosa.

Tirso com flores em címulas (ca. 5 flores); brácteas da base do tirso semelhante às folhas, porém menores; brácteas da base das címulas lanceoladas, 2,1-2,8 mm compr., 0,3-0,5 mm larg., ápice arredondado, tomentosas, tricomas tectores ou glandulares. Flor: pedicelo 0,2-0,3 mm compr., geralmente inconspícuo; bractéolas involucrais ausentes; bractéolas internas lineares, 1,5-2 mm compr., 0,2-0,3 mm larg., tomentosas, tricomas tectores ou glandulares; cálice 2,4-3,2 mm compr., tubular, lobos lineares ou estreitamente triangulares, ápice do lobo arredondado, face interna glabra com indumento esparso na fauce, face externa hirsuta, tomentosa ou setácea, tricomas tectores ou glandulares; corola lilás, 5,5-6,2 mm compr., 0,5-0,6 mm larg. na base, 1,5-1,8 mm diâm. na fauce, lobos ovais, ápice do lobo arredondado, face interna glabra, exceto nos filetes, face externa tomentosa no tubo, setosa nos lobos, tricomas tectores ou glandulares.

Núculas complanadas ou ovoides, 0,9-1,2 mm compr., 0,7-0,8 mm larg., ápice arredondado, coloração castanha, glabras, verruculosas.

Cantinoa racemulosa é restrita às matas do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sendo que na Serra do Cipó essa espécie é encontrada em matas com cerca de 1000 m alt. É uma espécie prontamente distinta das demais espécies de Cantinoa da Serra do Cipó por apresentar principalmente folhas com dimensões maiores. Não havia sido registrada na lista de espécies da Serra do Cipó (Harley 1987), onde foi coletada apenas uma vez, com flores e frutos em maio.

Fonte: SILVA-LUZ, C. L. da.; GOMES, C. G.; PIRANI, J. R. & HARLEY, R. M. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Lamiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 30, n. 2, p. 109-155, 2012.

Deixe um comentário