Iridaceae – Neomarica involuta

Ervas 0,2–0,4 m alt.; rizoma vertical ou horizontal subterrâneo, com extensão acima do solo, 0,7–1 cm diâm.

Folhas 4–6 por planta, inseridas ao longo de um caule herbáceo aéreo, 24–40 × 2,5–3,5 cm, largo- a estreito-ensiformes. Escapo 10–17 × 1–2 cm, mais curto que as folhas, projeção da nervura conspícua; primeira bráctea com o dobro da largura do escapo, 12–35 × 2–4 cm, lanceolada. Ripídio 1, séssil, inserido na segunda bráctea; segunda bráctea 2–8 × 0,4–1 cm, ereta, sem ou com pequena projeção alada, séssil ou pedúnculo até 0,5 cm compr.; espatas 3–3,5 × ca. 0,5 cm.

Flores amarelas; tépalas externas elípticas a obovais, 5–6 × 2–4 cm, eretas, côncavas, ápice obtuso, região basal com estrias castanhas e margem revoluta; tépalas internas oboval-oblongas, 3,5–4 × 1,5–2 cm, ápice arredondado, região apical branca, com margem roxa, conspicuamente involuta, conferindo aspecto tubular, duas máculas amarelo-intensas na concavidade interna, base com estrias castanhas; filetes amarelos, ca. 0,2 cm compr., anteras amarelas, ca. 0,6 cm compr.; ovário ca. 0,9 mm compr., estiletes amarelos, 1–1,2 cm compr., unidos até ca. 0,6 cm compr., ramos trífidos, cristas longo-triangulares, ápice agudo, as laterais ca. 0,4 cm, a central ca. 0,2 cm.

Cápsulas cilíndricas, 2,4–4 × 1–1,5 cm.

Ocorre nos estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, em interior de floresta atlântica (Oliveira et al. 2016). H8: floresta ombrófila densa montana, em altitudes entre 835 e 1000 m. Floresce e frutifica de maio a dezembro.

Neomarica involuta é facilmente reconhecida pelas folhas inseridas ao longo de um caule aéreo herbáceo e pelo ripídio único, séssil, inserido na segunda bráctea. Diferencia-se das demais espécies do gênero pelas flores amarelas, com tépalas eretas e côncavas, conferindo um aspecto globoso à flor. É a única espécie de Trimezieae com ápice das tépalas internas de margem involuta, em forma de tubo.

Fonte: OLIVEIRA, P. N. de; GIULIETTI, A. M. OLIVEIRA, R. P. de. Flora da Bahia: Iridaceae. Sitientibus: Série Ciências Biológicas, Feira de Santana, v. 16, p. 1–38, 2016.

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