Iridaceae – Neomarica eburnea

Ervas 0,4–0,8 m alt.; rizoma horizontal subterrâneo, geralmente recurvado, 1,5–2 cm diâm.

Folhas 4–6 por planta, 40–72 × 2–4 cm, ensiformes. Escapo 47,5–80 × 1–1,8 cm, ultrapassando as folhas em
comprimento, com projeção da nervura conspícua; primeira bráctea com a mesma largura do escapo, 2,5–23 × 1–2,5 cm, navicular. Ripídios 1–4, laxos; pedúnculo 5–6 cm; segunda bráctea 2,7–6,5 × 0,6–2 cm, ereta ou patente, navicular, com projeção alada pequena a média e pedúnculo de 3,8–5,5 cm compr.; espatas 4–6 × 1–1,6 cm.

Flores creme (cor de marfim); tépalas externas elípticas, 4–4,6 × 2–2,6 cm, patentes ou reflexas, ápice acuminado, base amarelada com estrias castanhas; tépalas internas oboval-oblongas, 2,8–3,2 × 1,1–1,2 cm, ápice arredondado, região mediano-apical com estrias roxas, margem branca, duas máculas amarelo-intensas na concavidade interna, região basal com estrias castanhas; filetes amarelos, 0,4–0,5 cm compr, anteras amarelas, 0,6–0,9 cm compr; ovário ca. 1,4 cm compr., estiletes brancos, ca. 2 cm compr, unidos até ca. 1,2 cm compr., ramos trífidos, cristas longo-triangulares, ápice acuminado, as laterais ca. 0,6 cm, a central ca. 0,3 cm.

Cápsulas oboval-oblongas, ca. 4 × 1,6 cm.

Endêmica da Bahia (Gil et al. 2014). E8: subosque de remanescentes de floresta estacional seca, em altitudes entre 380 e 460 m. Floresce de outubro a fevereiro. As flores se abrem e murcham no período da manhã, diferentemente das outras espécies de Neomarica, cujas flores murcham à tarde (Gil et al. 2014).

Neomarica eburnea caracteriza-se pelo escapo ultrapassando as folhas em comprimento, com projeção da nervura conspícua, inflorescência laxa, ripídios com pedúnculos de 5–6 cm de comprimento e segunda bráctea navicular, com pedúnculos conspícuos de 3,8–5,5 cm de comprimento. Pela morfologia floral, assemelha-se a N. portosecurensis, por apresentar flores predominantemente creme e cristas longotriangulares. No entanto, difere prontamente por apresentar a segunda bráctea conspicuamente pedunculada (vs. séssil a subséssil) e ripídios laxos (vs. congestos).

Fonte: OLIVEIRA, P. N. de; GIULIETTI, A. M. OLIVEIRA, R. P. de. Flora da Bahia: Iridaceae. Sitientibus: Série Ciências Biológicas, Feira de Santana, v. 16, p. 1–38, 2016.

Deixe um comentário