Árvore, 7‒10 m alt.; râmulos cilíndricos, tomentosos.
Pecíolo 5,5‒6 cm,setosos, peciólulos ca. 5 mm; lâmina digitada, folíolo central 7,5‒8 × 2‒2,5 cm, laterais 6‒8 × 2‒2,5 cm, inferiores 3,5‒8 × 1,5‒2,5 cm, subcartáceos, lanceolados a elípticos, ápice cuspidado, base aguda, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial hirsuta apenas na nervura central. Cimeiras axilares, pedúnculo 5‒7 cm compr.; brácteas 9‒14 mm compr., oblanceoladas, hirsutas.
Pedicelo ca. 5 mm compr., hirsuto; bractéolas 3‒5 mm compr., lanceoladas, hirsutas; cálice: tubo ca. 5 mm compr., hirsuto em ambas as faces, lobos 1 mm compr., ápice acuminado; corola alva, lilás na extremidade do lábio anterior, tubo ca. 1,1 cm compr., face externa tomentosa, face interna glabra, exceto na porção de inserção dos filetes e no lábio posterior, como guia de néctar, lábio posterior ca. 5 mm compr., lábio anterior ca. 4 mm compr.; estames-4, exsertos, filetes ca. 5 mm compr., viscoso, inserido na porção média da corola, anteras com tecas divergentes; ovário ca. 1 mm compr., globoso, glabro, exceto pelo ápice viscoso; estilete 6‒7 mm compr., terminal, glabro, estilopódio ausente; estigma ca. 1 mm compr., glabro.
Fruto 1,2‒1,4 cm compr., oval a subgloboso, nigrescente, glabro.
Vitex sellowiana pode ser reconhecida pelas folhas compostas, râmulos cilíndricos, lâmina subcartácea com ambas faces glabras, exceto pela nervura principal hirsuta na face abaxial, inflorescência em cimeiras axilares e corola alva.
No PEI pode ser encontrada em interior e borda de floresta. Ocorre no Amazonas, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (BFG 2018).
Fonte: MOTA, M.; PASTORE, J. F. B.; MARQUES NETO. R. & SALIMENA, F. R. Lamiaceae do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 71, p. 01-10, 2020.