Iridaceae – Sisyrinchium restioides

Folhas basais 5-15×0,2cm, planas, lineares.

Inflorescências terminais pedunculadas ou laterais sésseis, pedúnculos 1-2cm, brácteas carenadas, 1,5-2×0,2cm, dispostas em 3-4 séries; escapos 4-9,5cm, planos, várias brácteas tectrizes, 15-25×1mm, planas, alternas, escamiformes ou linear-ensiformes, separadas entre si por entrenós planos, entrenós 2-5,2×0,1cm; pedicelos 1,2-1,3cm, cilíndricos, glabros. Flores amarelas, tépalas obovais, glabras, portando estrias inconspícuas à base, as externas 4-5×1,5-2mm, as internas 1-4×2mm; filetes 1,5-3mm, glabros, formando tubo estaminífero até 1-2mm, glabro, anteras 1-3mm, oblongas, dorsifixas; hipanto ca. 1×1mm, globoso, glabro, estiletes ca. 3mm, concrescidos até 2mm, porções superiores livres, lineares.

Cápsula 2-3×2mm, subglobosa, sementes 1×1mm, piramidais, 8 por lóculo, superfície reticulada.

S. restioides ocorre em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. D7, D8, E7, F4, F5: em áreas de campo. Floresce e frutifica entre abril e novembro.

A espécie pode ser confundida com S. vaginatum Spreng. pela presença de diversas brácteas tectrizes alternas entre si e separadas por curtos entrenós, mas diferencia-se facilmente pela presença de folhas basais em S. restioides, sendo estas inconspícuas ou não. Os espécimes de S. restioides aproximam-se daqueles de brácteas escamiformes pertencentes a S. vaginatum. Beauverd (1905) propôs a inclusão de S. restioides como uma subespécie de S. vaginatum, observando as semelhanças florais e vegetativas dos táxons. Entretanto, a presença de folhas basais em S. restioides e sua ausência em S. vaginatum é um caráter taxonômico de grande importância para delimitação específica dentro do gênero. A avaliação do material-tipo de S. glaziovii, assim como de sua descrição original, demonstrou que seus caracteres morfológicos são totalmente compartilhados com S. restiodes.

Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.

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