Folhas basais (8-)21-30(-64)×0,3-1,4cm, lineares ou linearensiformes, planas, ápice agudo.
Inflorescências 5-8 por planta, subsésseis, pedúnculos planos, portando à base brácteas tectrizes separadas por entrenós 5-12mm, brácteas florais 10-24×2-3mm, dispostas em 2-4 séries; escapo (2,5-)24,5-38(-84)×0,2-1cm, plano, ápice portando bráctea tectriz linear-ensiforme, 5-5,7×0,2-0,6cm; pedicelo (8-)13(25)mm, glabro. Flores amarelas, nervuras vináceas, tépalas 12-17×5mm, oboval-oblongas, glabras; tubo estaminífero glabro, filetes 2-3mm, concrescidos até 1-1,3mm, glabros, anteras 3-6mm, amarelas, sagitadas, recurvadas e retorcidas na maturidade,
dorsifixas; hipanto 3×4mm, subgloboso, glabro, estiletes ca. 4mm, amarelos, concrescidos até 1-2mm.
Cápsulas 4-10×2-9mm, 1-15 por inflorescência; sementes 0,5-0,8×0,5-0,8mm, castanhas, 5-6 por lóculo.
A espécie possui ampla distribuição geográfica na América do Sul (Heaton & Mathew 1998). No Brasil ocorre mais pronunciadamente na região Sul, alcançando os Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. No Estado de São Paulo foram efetuadas poucas coletas nos últimos 20 anos. D8, E5, E7, F4, F5: capoeiras e campos de altitude. Floresce e frutifica entre julho a outubro.
S. palmifolium caracteriza-se por possuir folhas e escapos planos, tendo no ápice do escapo um conjunto de inflorescências sésseis ou subsésseis densamente agregadas. Na morfologia floral a espécie apresenta filetes glabros
unidos à base e anteras sagitadas. Por sua ampla área de distribuição geográfica, a espécie apresenta grande variação no porte dos indivíduos, o que possibilitou a proposição de numerosos táxons. A avaliação dos materiais-tipo e/ou das descrições dos táxons relatados não permitiu base de separação específica. Salienta-se que S. minense Ravenna fora considerado sinônimo nomenclatural de S. nidulare (Hand.-Mazz.) Johnston por Chukr (1992) em tratamento anterior, mas agora ambos os táxons são considerados sinônimos de S. palmifolium.
Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.