Folhas basais, 3-21(-32,5)cm, lineares, cilíndricas, ápice agudo.
Inflorescências 2-5 por planta, sésseis ou subsésseis, pedúnculos 1-1,5mm, brácteas florais 4-9×2-4mm, dispostas em 4-6 séries; escapo cilíndrico, 5-21,3cm, ápice portando bráctea tectriz linear, cilíndrica, 1-9cm; pedicelo 6-14mm, portando tricomas filamentosos. Flores amarelas ou róseas, tépalas oboval-oblongas, fauce externa das tépalas com tricomas filamentosos na base, ápice mucronado, as externas 3-6×1mm, as internas 3×1mm; filetes amarelos, tubo estaminal 1,2-2mm, porção livre 0,2-0,5mm, portando tricomas filamentosos em toda sua extensão, base tomentosa, anteras 0,5-1mm, oblongas, basifixas; hipanto 1-1,5×1mm, globoso, portando raros tricomas filamentosos, estiletes 2-3mm, lineares, alargados na região mediana, unidos até 1,5-2,5mm, porção apical livre.
Cápsulas 1-2×1-2mm, globosas, 1-5 por planta; sementes 1×1mm, piramidais, 5-6 por lóculo.
A espécie ocorre no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. D5, D6, D8, E7, E9, F4: campos e cerrados. Floresce e frutifica concomitantemente de abril a janeiro.
Klatt (1862), ao descrever a espécie, indicou uma série de síntipos, sendo que o material Blanchet 3313, localizado em BM com duplicata em B, apresenta as características peculiares da espécie, e foi escolhido como lectótipo. S. luzula caracteriza-se por possuir porte mediano, folhas e escapos cilíndricos, inflorescências congestas e flores amarelas. Os espécimes analisados apresentaram ampla variação no porte dos indivíduos, principalmente no comprimento da bráctea tectriz, no número de inflorescências e na cor das flores (róseas ou amarelas), sendo a cor amarela a mais freqüente. S. subnudum foi descrito por Johnston (1938) sobre materiais provenientes do Estado do Mato Grosso. Por suas características morfológicas S. subnudum não possui caracteres morfológicos que o distingam de S. luzula, em especial no padrão de inflorescência congesta disposta em fascículo axial e no tubo estaminal tomentoso na porção basal. Também, as medidas de folhas e escapos de S. subnudum estão dentro dos valores apresentados para
S. luzula.
Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.