Folhas basais 18-40×0,1-0,3cm, planas, lineares.
Inflorescências 2-10 por planta, pedunculadas, sésseis ou subsésseis, congestas, pedúnculos cilíndricos, portando à base brácteas tectrizes separadas por curtos entrenós, brácteas florais 6-10×2-4mm, dispostas em 3-7 séries; escapo cilíndrico 43,5-48cm, ápice portando bráctea tectriz linear, plana, 2-3×0,1cm; pedicelos 9-12mm, pubescentes, tricomas filamentosos. Flores amarelas, tépalas oboval-oblongas, as externas e as internas 4×2mm, ápices acuminados, providas de 5 nervuras vermelho-arroxeadas; tubo estaminal 2mm, porção livre 0,5mm, tomentoso em toda sua extensão, tricomas filamentosos, anteras 1mm, oblongas, dorsifixas; hipanto 1×1mm, globoso, densamente piloso, tricomas filamentosos, estiletes 3-3,5mm, lineares, unidos até 2,5-3mm, alargados na porção mediana-superior, porção apical livre.
Cápsula 15-30×15-30mm, globosa, 2-6 por planta; sementes 1×1mm, 1 por lóculo.
Ocorre nos Estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, atingindo o Paraguai e Argentina. D5, D6, E7: campos. Floresce e frutifica de outubro e fevereiro.
S. hasslerianum caracteriza-se por possuir folhas planas e escapo cilíndrico, portando no ápice densa inflorescência congesta, sendo pelo padrão das folhas e escapos muito similar a S. fasciculatum. Diverge, no entanto, em função dos caracteres florais, principalmente no padrão da pilosidade do tubo estaminífero. Sisyrinchium hoehnei foi descrito por Johnston (1938) e compartilha dos mesmos caracteres florais e vegetativos de S. hasslerianum, em especial o tubo estaminífero totalmente piloso, caráter singular desta espécie. Portanto, foi proposto S. hoehnei como novo sinônimo nomenclatural de S. hasslerianum.
Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.