Folhas basais (4-)8-11,5(-17)×0,1-0,2cm, planas, lineares, ápice agudo.
Inflorescências 2-5 por planta, pedunculadas, portando à base bráctea tectriz 6-27(-91)×1-2mm, pedúnculos (3-)25-40(-60)mm, eretos; brácteas florais 4-6×1,5-2mm, dispostas em 3-4 séries; escapo (2,5-)20(-28,8)×0,1-0,2cm, plano, ápice portando bráctea tectriz (9-)16-19(-50)×1-2mm, planas; pedicelos (3-)5(-6)mm, cilíndricos, providos de raros tricomas filamentosos. Flores amarelas, tépalas oboval-oblongas, nervuras vináceas, as externas 40×15-25mm, as internas 35×15-20mm; filetes ca. 2mm, totalmente concrescidos, com tricomas filamentosos dispostos por toda sua extensão, base tomentosa, anteras 0,5-0,7mm, oblongas, amarelas; hipanto subgloboso, 1,4×1mm, portando raros tricomas filamentosos; estiletes 3mm, amarelos, lineares, portando protuberância na região mediana.
Cápsulas 1-4×1-4mm, 2-10 por planta; sementes 0,4-0,9×0,4-0,9mm, castanhas com superfície reticulada, 5-6 por lóculo.
Ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, alcançando o norte do Paraguai. D5, D6, D7, D8, E6, E7, E8, F4, F5, F6: em campos abertos, brejos, gramados e beiras de mata. Floresce e frutifica entre os meses de setembro a dezembro.
S. commutatum foi descrito por Klatt (1860), baseado nos síntipos Regnell 444 e Widgren 788. Um ano depois, o mesmo autor (Klatt 1861-62) descreveu S. secundiflorum, indicando para esta espécie os mesmos síntipos de S.
commutatum, suplementado pelo material Sellow 121, sendo este referido para São Paulo e localizado no herbário de Berlim. A utilização de mesmos materiais-tipo para dois táxons distintos faz com que o segundo nome seja ilegítimo.
S. commutatum é uma espécie de pequeno porte, sendo facilmente reconhecível pela presença de folhas e escapo planos, uma única bráctea tectriz e filetes totalmente soldados com tricomas agregados na região basal.
Fonte: CHUKR, N. S. Iridaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 127-148, 2003.