Fabaceae – Hymenaea velutina

Árvore ou arbusto (0,8) 2–25 m alt.; tronco ca. 50 cm de perímetro; ramos e folhas glabros.

Pecíolo (1,1)1,5–2,6 cm compr.; peciólulos 0,2–0,5 cm compr.; folíolos 4,5–8(–10,5) × 2,5–5(–5,6) cm, oblongos ou
obovais, raramente largo-elípticos, levemente falcados, ápice arredondado, obtuso ou retuso, raramente agudo, base oblíqua, lado interno arredondado, o externo cordado, margem plana, papiráceos ou coriáceos, nervura primária proeminente em ambas as faces, as secundárias proeminentes na face adaxial, pontuações restritas à margem da lâmina, raramente no entorno das nervuras primária e secundária.

Panículas 8,1–15 cm compr., congestas, mais longas que a folha adjacente, raramente mais curtas, indumentadas, tricomas ferrugíneos, curtos, eretos; pedicelos 0,4–0,9 cm compr. Flores 25–37 mm compr.; hipanto 12–18 mm
compr., campanulado, base alongada (5–11 mm compr.); sépalas 20–24 × 9–16 mm, obovais a largoelípticas, externamente velutinas, internamente seríceotomentosas; pétalas 20–27 × 9–12 mm, espatuladas, unguiculadas (base 4–7 mm compr.); filetes 27–49 mm compr., glabros, sem glândulas, anteras 6–7 mm compr.; ovário 7–8 × 2–3 mm, oblongo, glabro, estípite 3–5 mm compr., estilete 21–22 mm compr.

Frutos 7,5–16,8 × 2,6–6,3 × 1,1–3,2 cm, oblongos ou elípticos, cilíndricos ou lateralmente achatados, irregularmente constritos entre as sementes ou não, superfície opaca, finamente granulosa, glabra, com estrias, sutura proeminente ou não.

Endêmica do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí), na Caatinga e no Cerrado (Lima & Pinto 2015). Na Bahia, ocorre exclusivamente no norte e oeste do estado, principalmente sobre solo arenoso. B4, B6, C2, D3, D4, D5: Caatinga e Cerrado. Floração: junho a novembro; frutificação: setembro a abril.

A espécie é diagnosticada pelos ramos e folhas glabros, pecíolos longos (1,5–2,6 cm compr.), folíolos geralmente oblongos ou obovais com ápice normalmente arredondado, obtuso ou retuso e lado externo da base cordado, flores com pétalas espatuladas, ovário glabro, e frutos oblongos ou elipsoides, com superfície opaca e estriada. Hymenaea
velutina apresenta relação mais estreita com H. martiana e H. stigonocarpa (Lee & Langenhaim 1975), com as quais ainda pode ocorrer simpatricamente, diferindo delas basicamente pelos ramos e folíolos glabros (vs. indumentados) e pontuações translúcidas restritas à borda dos folíolos (vs. uniformemente distribuídas).

Fonte: SOUZA, I. M.; FUNCH, L. S. & QUEIROZ, L. P. de. Flora da Bahia: Leguminosae – Hymenaea (Caesalpinioideae: Detarieae). Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v. 16, n. 10, p. 01-18, 2016.

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