Fabaceae – Copaifera langsdorffii

Arbustos ou árvores, 1-25m; ramos glabros a pubescentes ou pubérulos.

Folhas com pecíolo 0,9-2,6cm; raque 2,4-8,1cm; folíolos (4)6-8(-9), 1,4-6,7×0,9-4,5cm, opostos a subopostos, ovais a elípticos, raramente oval-lanceolados ou elíptico-lanceolados, simétricos a subssimétricos, ápice agudo, arredondado ou emarginado, raramente acuminado, base obtusa a arredondada ou atenuada, menos frequentemente truncada a subcordada, com pontuações translúcidas, glabros em ambas as faces ou com nervura central pubescente na face abaxial.

Flores subsésseis; cálice 3-5mm; sépalas glabras a subglabras externamente, vilosas internamente; estames 10; ovário com margem vilosa.

Fruto 1,7-3,7cm, orbicular-elíptico a depresso-elíptico, raramente suborbicular, assimétrico, imaturo vermelho, maduro pardo-escuro; sementes negras, arilo laranja.

Ocorre no Brasil Central e Paraguai, possivelmente também na Guiana e Peru. No Brasil, é referida para todas as regiões, ocorrendo no Distrito Federal e nos estados do Amazonas, Acre, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. B2, B3, B4, B6, C4, C5, C6, C7, D1, D2, D3, D4, D5, D6, D7, E4, E5, E6, E7, E8, E9, F4, F6: floresta estacional, floresta paludosa, campo de altitude, cerradão, cerrado e com ampla dispersão nos ecossistemas paulistas. Coletada com flores e frutos ao longo de todo o ano. As coletas com flores concentram-se entre novembro e fevereiro e com frutos predominantemente de maio a outubro. Apresenta brotamento das folhas em setembro.

Espécie muito comum e variável quanto ao indumento, formato e dimensões das folhas e frutos e com ampla dispersão nos ecossistemas paulistas. A revisão de Dwyer (1951) parece insuficiente para o esclarecimento das variações desta espécie, assim como para a delimitação das espécies próximas. As cinco variedades reconhecidas por este autor para a espécie não refletem adequadamente sua variabilidade. Desta forma, embora Copaifera langsdorffii var. langsdorffii e C. langsdorffii var. glabra (Vogel) Benth. sejam referidas para o estado de São Paulo, categorias infraespecíficas não foram adotadas neste trabalho. Outro aspecto a ser considerado refere-se aos limites morfológicos propostos por Dwyer (1951) entre C. reticulata Ducke e C. langsdorffii, que parecem ser extremamente frágeis. Estes são baseados principalmente na cor do arilo das sementes (amarelo em C. reticulata e laranja em C. langsdorffii), além de outras características que o próprio autor considerou instáveis e com sobreposições: C. reticulata corresponderia a grandes árvores (20-30m de altura) com 4-6 pares de folíolos estreito-oval-elípticos, 3-5(-8,5)×2-3(-3,5)cm, ao passo que em C. langsdorffii as folhas teriam 3-4 pares de folíolos oblongos a oblongo-elípticos, (1,5-)2-4(-5,5)×1,5-2(-3) cm. Certos materiais analisados para o presente trabalho apresentam algumas folhas com formatos e dimensões correspondentes ao assinalado para C. reticulata, mas parece não haver uma relação consistente com a coloração do arilo..

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.

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