Fabaceae – Poincianella pluviosa

Árvores 5-10m, semicaducifólias, inermes; caule (sub)cilíndrico; ramos tomentosos, tricomas tectores presentes, às vezes também tricomas glandulares, ou glabros.

Folhas bipinadas, imparipinadas; pecíolo 1-3,5cm; raque com glândulas estipitadas, avermelhadas, 5-14(-21) cm; pinas (6-)8-11 pares por folha mais uma terminal, alternas ou opostas, par terminal oposto; foliólulos 19-32 por pina, alternos, sésseis, oblongos a romboidais, ápice obtuso a arredondado, margem plana, ciliada, base obliquamente truncada, coriáceos, faces adaxial e abaxial pubescentes a glabras, 5-11×3-5mm, nervura principal excêntrica.

Inflorescência racemo terminal, 30-140 flores por racemo, raramente mais 1-2 racemos secundários basais; pedúnculo e raque da inflorescência 6,5-20cm; brácteas oval-lanceoladas, 2-2,4mm, caducas. Flores 1,5-2cm; pedicelo 8-20mm, articulado a 1,5-2,5mm abaixo do cálice; cálice campanulado, sépalas oblongo-elípticas a obovais, abaxial cuculada, ápice fimbriado; pétalas amarelo-douradas, pilosas na base, glandulosas, subobovais, obovais a suborbiculares, ápice arredondado, (6-)8-14×(4-)7-12mm, pétala adaxial com manchas ou linhas vermelhas internamente, menor que as demais; estames 10-22mm; ovário pubescente, séssil, levemente curvado, estigma subterminal.

Fruto 9-12(-16)×2-3,5cm, deiscência elástica, reto, valvas inermes, internamente secas; sementes 4-6, 15-20×12-18mm, ovais a suborbiculares, testa castanho-clara a escura, hilo apical.

Distribui-se no Brasil (Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná), Bolívia, Argentina e Paraguai. Em São Paulo, a espécie está representada apenas por uma das seis variedades descritas por Lewis (1998), Poincianella pluviosa var. peltophoroides (Benth.) L.P. Queiroz; ocorre na costa leste do Brasil, no estado do Rio de Janeiro, limite com o litoral norte de São Paulo, portanto é esperada, mas não confirmada. E8: mata atlântica. A maioria do material presente nos herbários é aparentemente apenas de espécimes cultivados (B2, D6, D7, E7, E8). Coletada com flores de agosto a novembro, com frutos de setembro a junho.

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.

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