Árvores até 35m, casca suberosa, fendilhada em placas; ramos terminais cilíndricos, vilosos, tricomas glandulares.
Folhas bipinadas, com (10-)12-20 pares de pinas; estípulas linear-lanceoladas, 3-4mm, vilosas, decíduas; pecíolo 3-6cm e raque 13-27cm, vilosos a tomentosos, tricomas glandulares; ráquila 2,6-7,5cm; foliólulos (7-)11-24 pares, peciólulo ausente, lâmina 3-18×1-6mm, oblonga, raro oval ou elíptica, ápice obtuso ou truncado, raro oboval, margem inteira, base oblíqua, discolores e glabrescentes, os basais frequentemente de tamanhos diferentes.
Inflorescência panícula, terminal, exserta da folhagem, pedúnculo 1,2-35cm e raque 22-34cm, eixos secundários multifloros, pedúnculo 2-5cm e raque 6-26cm. Flores 5-meras, pouco zigomorfas; sépalas oblongas a ovais, 6-9×(3-)4-5mm, ápice agudo a obtuso, externamente puberulentas; pétalas obovais a obovalelípticas, 1,5-2×1-1,3cm; filetes 0,7-1cm, anteras bitecas, rimosas, dorsifixas, introrsas, elípticas a oblongas, 2,4-2,7×1,1-1,3mm; ovário 0,7-1,1×0,2-0,3cm, ferrugíneopubescente, óvulos 2, estigma capitado, glabro.
Fruto samaroide, elíptico, 5,5-10×1,4-1,8cm, ápice acuminado a agudo, base atenuada, pericarpo papiráceo a cartáceo, longitudinalmente estriado, esparso-pubescente; sementes 1-2, 0,9-1×0,4-0,5cm, oblongas, compressas, com estrias transversais.
Peltophorum dubium ocorre na América do Sul (Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai) e Caribe. No Brasil está amplamente distribuída na caatinga, cerrado, mata atlântica e pantanal, sendo a sua ocorrência registrada nos estados da Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina e no Distrito Federal (Lewis 2013). B2, B4, C1, C2, C4, C5, C6, D1, D4, D5, D6, D7, E6, E7, E8, F4: cerrado, campo próximo a cerradão, floresta ripária, mata de coroa junto a lagoas, mata mesófila semidecídua, mata ciliar. Coletada com flores de outubro a fevereiro; com frutos de janeiro a maio. Espécie ornamental, utilizada na arborização urbana, que possui madeira utilizada na construção civil e naval.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Caesalpinioideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 22-83, 2016.