Fabaceae – Mimosa sanguinolenta

Arbustos a arvoretas 2-4m; ramos inermes, vilosos, hispídos a estrigosos; tricomas plumosos entremeados por tricomas simples; estípulas 9-10×1mm, lanceoladas, vilosas.

Folhas VIII-X/23-29; espículas interpinais ausentes; parafilídios oblanceolados; folíolos crescentes em direção ao ápice; foliólulos 4-6×1-1,5mm, ligeiramente falciformes, cartáceos, ciliados, puberulentos a esparsadamente vilosos.

Espiga 6-8mm diâm., globosa, axilar ou agrupada em pseudorracemo terminal. Flores 4-meras, isostêmones; cálice ca. 2mm, paleáceo-papiforme; corola 2,5-3mm, tubulosa, lacínias côncavas, denso seríceas; estames lilás, livres, anteras oblongo-ovoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, tomentoso.

Craspédio 0,6-1,2×0,7cm, séssil, oboval, cartáceo, estrigoso, marrom, artículos dilatados na região da sementes, replo reto, estrigoso, rompendo-se a partir do ápice; sementes 2, ovoides, marrons.

Mimosa regnellii ocorre na América do Sul, com distribuição no Brasil e Uruguai, onde cresce geralmente assiociada a campos gerais. Em território brasileiro é conhecida em Minas Gerais, Paraná e São Paulo. C7, F4: vegetação campestre ou áreas degradas, como beiras de estradas e rodovias. Floresce em setembro, outubro e fevereiro; frutifica em fevereiro.

Essa espécie pode ser conhecida por um conjunto de características como, por exemplo, o indumento constituído
por tricomas plumosos, folhas com oito a dez pares de folíolos, foliólulos ligeiramente falciformes e espigas reunidas frequentemente em pseudorracemos terminais, longamente exsertos das folhagens. Mimosa regnellii produz mais de dez frutos por espiga, característica que pode ser útil taxonomicamente para a sua diferenciação das demais espécies. São reconhecidas quatro variedades dentro de M. regnellii, diferenciadas principalmente no indumento dos ramos e frutos, tamanho das folhas e forma dos foliólulos. Em São Paulo, está representada apenas pela var. regnellii.

Pode ser reconhecida pelos ramos inermes revestidos por tricomas simples entremeados por glândulas sésseis, estames brevemente unidos na base e frutos vináceos com replo persistente após a deiscência dos artículos.

Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.

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