Subarbustos prostrados; ramos aculeados, híspidos; tricomas simples; acúleos infranodais, retos a ligeiramente
recurvado, de base larga, às vezes com poucos acúleos internodais esparsos; estípulas 7-12×1-2mm, triangulares,
híspidos.
Folhas (I)-II/15-24; espículas interpinais subuladas; parafilídios subulados; folíolos crescentes em direção ao ápice; foliólulos 7-10×1-2mm, oblongos, membranáceos, ciliados, glabros.
Espiga 4-5mm diâm., elipsoide, solitária a 2-5-fasciculada, axilar ou agrupada em pseudorracemo curto, terminal. Flores 4-meras, isostêmones; cálice ca. 0,4mm, tubuloso, glabro; corola ca. 2mm, quadrangular, pubescente, lacínias eretas; estames livres, filetes róseos, anteras oblongo-ovoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro.
Craspédio 1×0,4cm, séssil ou subséssil, oblongo, cartáceo, glabro, marrom, artículos dilatados na região da semente, replo ondulado, híspido; sementes 3-4, ovais, marrons.
Espécie ruderal de ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde o golfo do México e Caribe até a costa sul do Brasil (Barneby 1991). D6, F5, F6, F7: ambientes degradados como beira de estrada, borda de mata e próximo a habitações. Floresce e frutifica em janeiro, fevereiro, março e outubro.
Mimosa pudica destaca-se por ser a espécie mais conhecida do gênero Mimosa. As suas folhas executam movimentos ao serem tocadas, o que desperta o interesse e a curiosidade de muitas pessoas. Tradicionalmente é cultivada em jardins, fato que provavelmente explica sua ampla distribuição e popularidade. Além das folhas sensitivas, a presença de acúleos predominantemete infranodais, espigas elipsoides e frutos sésseis auxiliam na identificação dessa espécie. Barneby (1991) reconheceu três variedades para M. pudica diferenciadas principalmente no indumento dos ramos, brácteas e flores. Em São Paulo, verificamos apenas a ocorrência de M. pudica var. tetrandra (Humb. & Bonpl. ex Willd.) DC.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.