Fabaceae – Mimosa polycarpa

Subarbustos 1-1,8m, bastante ramificados; ramos hirsutos a estrigosos, aculeados; tricomas simples, adpressos ou retos; acúleos infranodais, recurvados; estípulas 5-6×2mm, triangulares a ovais, hirsutas a estrigosas, 6-8-nervadas.

Folhas I/23-44; espículas interpinais subuladas; parafilídios lanceolados a subuladas; foliólulos 6-12×1-2mm, oblongos, cartáceos, ciliados, face adaxial glabra, abaxial pilosa.

Espiga 4-5mm diâm., elipsoide, axilar. Flores 4-meras, isostêmones, glabra; cálice ca. 0,5mm, campanulado; corola ca. 3mm, tubulosa, lacínias côncavas; estames livres, filetes róseos, anteras oblongo-ovoides; estaminódios ausentes; ovário, séssil, glabro.

Craspédio 1,7-2×2-4cm, séssil, oblongo, cartáceo, híspido, marrom, artículos dilatados na região da semente, replo constrito entre os artículos, persistente após a deiscência dos mesmos; sementes 3-4, ovoides, marrons.

É encontrada na Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. Em territótio brasileiro, ocorre nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, em campos gerais, cerrado, chaco, pantanal e, menos frequentemente, em bordas de mata ciliar. B4, D5, F5: beira de estrada e borda de mata. Floresce em fevereiro e abril; frutifica em julho.

Mimosa polycarpa é caracterizada por ser um subarbusto bastante ramificado, com folhas constituídas por 1 par de folíolos, estípulas com 6 a 8 nervuras, flores em espigas elipsoide e frutos híspidos. É morfologicamente semelhante a M. xanthocentra, no entanto, nesta espécie o cálice é papiforme e corola é estrigosa. Barneby (1991) reconheceu para essa espécie quatro variedades, das quais apenas a var. spegazzinii (Pirotta) Burkart ocorre em São Paulo.

Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.

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