Fabaceae – Mimosa oblonga

Subarbustos a arbustos 1-1,5m, decumbentes, bastante ramificados; ramos aculeados, hirsutos; tricomas simples, longos, rígidos, retos a ligeiramente recurvados entremeados por tricomas simples curtos e recurvados; acúleos internodais, recurvados, base larga; estípulas 2-6×0,4mm, filiformes, hirsutas.

Folhas I/25-29, curto-pecioladas; espículas interpinais ausentes; parafilídios subulados; foliólulos 3-5×1-1,3mm, oblongos, membranáceos, ciliados, glabros.

Espiga 5-10×3-4mm, cilíndrica, solitária ou 2-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, isostêmones; cálice ca. 0,5mm, campanulado; corola 2-2,5mm, tubulosa, tomentosa em toda sua extensão ou apenas no ápice, lacínias retas a ligeiramente côncavas; estames livres, filetes róseos, anteras oblongo-ovoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro a glabrescente.

Craspédio (Barneby 1991) 1-1,4×0,3cm, oblongo, séssil, cartáceo, puberulento, marrom, artículos dilatados na região da semente, replo ligeiramente constrito entre as sementes, híspidos; sementes não observadas.

É descontinuamente distribuída em Minas Gerais, Paraná e São Paulo, onde cresce em áreas brejosas, campos gerais e campo rupestre, em altitudes que variam de 700m a 1.200m. Trata-se de espécie relativamente rara em São Paulo, sendo conhecida por poucas coletas. D9, E7: campos. Floresce em fevereiro e abril.

Mimosa oblonga pode ser reconhecida pelas folhas curto-pecioladas, espigas cilíndricas e frutos sésseis com replo híspido. É semelhante morfologicamente a M. ramosissima, porém essa última tem espigas globosas a elipsoides e cálice 4-angulado. Barneby (1991), com base no indumento dos ramos e presença de acúleos, reconheceu duas variedades dentro desta espécie, das quais apenas a var. oblonga ocorre em São Paulo.

Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.

Deixe um comentário