Arbustos a arvoretas 2-5m; ramos inermes, pubescentes a hirsutos; tricomas estrelados sésseis e plumosos; estípulas 3-4×0,5mm, lanceoladas, pubescentes a hirsutas.
Folhas I/18-28; espículas interpinais ausentes; foliólulos 3-7×1mm, oblongos, cartáceos, discolores, face adaxial glabra a pubescente, preta a verde escura, face abaxial bege a verde claro, pubescente.
Espiga 4-5mm diâm., globosa, solitária ou 2-3-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, isostêmones; cálice 2-3mm, cupuliforme, ciliado; corola 2-3mm, campanulada, pubescente, lacínias eretas; estames livres, unidos na base da corola, filetes amarelos, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, glabro a recoberto em toda extensão por tricomas estreladosésseis.
Craspédio 1-4×0,4-0,5mm, oblongo ou elíptico, séssil, cartáceo, escabroso, castanho, artículos planocompressos, replo constrito entre os artículos, escabrosos; sementes 2-8, elipsoides, marrons.
Mimosa incana ocorre na Argentina, Brasil e no Uruguai. No Brasil, é encontrada do estado de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, habitando sub-bosque de mata e beira de cursos d´água em floresta ombrófila mista, mas também com ocorrência em floresta ombrófila densa montana, mata ciliares, capoeiras e campos (Savassi Coutinho 2009). E6, E7: floresta ombrófila mista. Floresce em maio e junho e frutifica em setembro.
Esta espécie pode ser reconhecida pelo indumento formado por tricomas plumosos e estrelados sésseis, foliólulos discolores com a face adaxial preta a verde escura e a face abaxial bege a verde claro, associados às flores com filetes amarelos reunidas em espigas. Baseada no indumento dos foliólulos e tamanho da corola, SavassiCoutinho (2009) sugeriu a proposição de uma nova variedade ainda não descita.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.