Árvores 4-7m; ramos aculeados, quando jovens acinzentados, às vezes inermes, puberulentos a glabros; tricomas simples entremeados por glândulas lentiformes amareladas; acúleos infranodais distribuídos aos pares, discretamente recurvados; estípulas 1,8-2×0,6-0,7mm, triangulares, puberulentas a glabras, decíduas.
Folhas XII-XVIII/22-40; espículas interpinais estreitamente triangulares, presentes entre todos os pares de pina; folíolos praticamente de mesmo tamanho; parafilídios triangulares a ovais; foliólulos 3-4×1mm, oblongos, cartáceos,
discretamente ciliados, discolores, face adaxial glabra, face abaxial com glândulas, às vezes resinosa.
Espiga 30-100×4-5mm, cilíndrica, solitária, axilar. Flores 4-meras, diplostêmones; cálice 0,4-0,5mm, cupuliforme, denteado a não denteado, ciliado; corola 2-3mm, campanulada, glabra, lacínias eretas, revestidas por glândulas sésseis; estames livres, filetes brancos, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário séssil, seríceo.
Craspédio 5-10×0,7-1cm, linear a oblongo, séssil, sublenhoso, glabro, marrom-escuro, artículos lustrosos, resinosos, dilatados na região das sementes, replo discretamente constrito entre os artículos, glabro; sementes 6-10, ovoides a orbiculares, marrom-claras.
Mimosa glutinosa é observada ao longo do rio Paraguai e seus afluentes no estado de Goiás, Mato Grosso do Sul no Brasil e no norte do Paraguai, crescendo em cerrado, carrasco, mata ciliar e chaco, sobre solo arenoargiloso (Santos-Silva et al. 2015). Alguns indivíduos foram verificados no Parque Ecológico Prof. Hermógenes de Freitas Leitão Filho no município de Campinas, onde foi provavelmente introduzida. D6: cerradão. Flores foram observadas em maio e frutos em março e agosto.
Dentre as poucas espécies arbóreas de São Paulo, Mimosa glutinosa pode ser facilmente reconhecida pelos ramos acinzentados, foliólulos com glândulas lentiformes na face abaxial e frutos sublenhosos com artículos lustrosos e dilatados na região das sementes.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.