Arbusto 1-3m; ramos inermes, pubescentes a hirsutos; tricomas estrelados, sésseis e plumosos; estípulas 2-5×0,7mm, lanceoladas, pubescentes.
Folhas I/10-15; espículas interpinais ausentes; parafilídios subulados; foliólulos 3-7×1mm, oblongos, cartáceos, velutinos.
Espiga 8-20×2-3mm, elipsoide, solitária a 2-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, isostêmones; cálice ca. 0,2mm,
discoide, truncado no ápice, ciliado; corola ca. 1mm, globosa, pubescente; estames unidos na base, filetes
amarelos, anteras oblongoides, estaminódios presentes;
ovário séssil, glabro.
Craspédio 1-1,5×0,3cm, oblongo, séssil, cartáceo, escabérulo, ferrugíneo, artículos planocompressos, replo constrito entre os artículos, escabérulo; sementes 1-5, obovoides, negras.
Referida para a Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia. No Brasil, é encontrada desde a região nordeste de São Paulo até o extremo sul do Rio Grande do Sul, crescendo desde em áreas de floresta ombrófila densa até em áreas de savana (Savassi-Coutinho 2009). E5, E6: floresta ombrófila densa e em ambientes mais secos e degradados, como beira de estrada. Floresce e frutifica praticamente o ano inteiro.
Mimosa daleoides caracteriza-se pelo hábito arbustivo, folhas unipinadas com 10 a 15 pares de foliólulos por folíolo, flores reunidas em espigas elipsoides e frutos ferrugíneos. A espécie mais próxima morfologicamente é M. incana, que pode ser distinta de M. daleoides principalmente por possuir espigas globosas e filetes livres entre si (vs. elipsoides e filetes unidos na base).
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.