Arbustos a arvoretas 1-3m; ramos inermes, escabérulos; tricomas estrelados sésseis; estípulas 2-3×0,6mm, lanceoladas.
Folhas II-VII/9-16; espículas interpinais ausentes; folíolos crescentes em direção ao ápice; parafilídios subulados; foliólulos 1-4×1mm, oblongos, cartáceos, concolores, face adaxial glabra, face abaxial pubescente.
Espiga 3-4mm diâm., globosa, solitária ou 2-4-fasciculada, axilar. Flores 4-meras, isostêmones; cálice 2-3mm, cupuliforme, ciliado; corola ca. 2mm, campanulada, glabra a pubescente, lacínias eretas; estames unidos na base, filetes amarelos, anteras oblongo-ovoides; estaminódios ausentes; ovário glabro, séssil.
Craspédio 1-2×0,4cm, oblongo, séssil, cartáceo, escabroso, artículos dilatados na região da semente, replo constrito entre os artículos, escabroso; sementes 2-5, elipsoides, negras.
Mimosa bonplandii é endêmica da Argentina, onde cresce em planície de inundações, na margem e em ilhas do delta do rio Paraná e em praias no estuário do rio da Prata (Barneby 1991, Savassi-Coutinho 2009). Em São Paulo, é cultivada no Parque do Estado de São Paulo. E7: Mata Atlântica. Flores foram observadas em julho.
É caracterizada pelo indumento constituído por tricomas estrelados, sésseis, folhas com dois a sete pares de folíolos e frutos acentuadamente constrito entre os artículos.
Mimosa eriocarpa Benth., endêmica do centro do Rio Grande do Sul, é a espécie mais semelhante morfologicamente a M. bonplandii por compartilhar o indumento escabérulos. No entanto, nesta espécie o indumento no ápice dos ramos é lanuginoso e os frutos unisseminados e lanosos.
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.