Fabaceae – Mimosa bifurca

Subarbustos 1-1,5m, eretos; ramos inermes, com esparsos tricomas glandulares sésseis; estípulas 1-1,5×1-1,5mm, ovais, cocleadas.

Folhas III-IV/14-18; espículas interpinais triangulares; folíolos ligeiramente crescentes em direção ao ápice; parafilídios transversalmente elípticos; foliólulos 1-2×0,7-1mm, elípticos, sésseis, cartáceos, glabros.

Espiga 4-5mm diâm., globosa, 2-3-fasciculada, axilar ou agrupada em pseudorracemo terminal. Flores 4-meras, diplostêmones, glabrescentes; cálice 0,6-0,8mm, tubuloso; corola ca. 2mm, campanulada, lacínias reflexas; estames livres, filetes róseos, anteras oblongoides; estaminódios ausentes; ovário subséssil, glabro.

Fruto não observado.

Mimosa bifurca é endêmica da América subtropical, ocorrendo na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A maior parte desta distribuição deve-se à variedade típica, uma das quatro variedades estabelecidas por Barneby (1991) para
esta espécie. No Brasil, é encontrada no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, crescendo frequentemente em campos gerais. B6, D5, E5: em áreas de cerrado. Floresce em agosto e setembro.

É uma das espécies mais peculiares de São Paulo, pelo fato dos seus foliólulos serem sésseis e estarem distribuídos
alternadamente ao longo da raque do folíolo, enquanto nas demais espécies, estes são opostos e curto-peciolulados.
Outra característica marcante desta espécie é a estípula cocleada. Em São Paulo, está representada apenas por Mimosa bifurca var. desmanthoides (Hoehne) Barneby.

Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.

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