Árvores 8-30m; ramos tomentosos, ferrugíneos.
Folhas V-X/10-22; estípulas 3mm, ovadas a lanceoladas, decíduas; pecíolo 2,8-4,6cm, canaliculado, tomentoso; raque 8,8-11,6cm, canaliculada, tomentosa; foliólulos terminais 4-8×2-3mm, oblongo-lanceolados, ápice agudo, margem levemente revoluta, base inequilátera, face adaxial glabra a glabrescente, face abaxial tomentosa na nervura
principal; nectários pateliformes, no pecíolo e entre a pina distal.
Inflorescência espiga globosa, fasciculada ou paniculada, axilar, 1-2 por axila; pedúnculo 2,2-3,6cm; raque 2,9-7cm; brácteas 3-4mm, lanceoladas, tomentosas, decíduas. Flores heteromórficas, as periféricas pediceladas, 0,5-1mm; cálice 1,5-2mm, campanulado, tomentoso externamente, lacínias agudas; corola 4-5mm, tubulosa, branco-esverdeada, tomentosa externamente; estames 20-25, ca. 1cm, branco-esverdeados, tubo estaminal incluso, glabro; flor terminal séssil, corola 5,5-6,5mm, tubo estaminal exserto; ovário séssil, ca. 14 óvulos, glabro, estilete menor que os estames, glabro, estigma funiliforme.
Legume 7-12×2cm, plano, valvas reticuladas, glabras; sementes planas, circulares, castanhas.
Ocorre nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, do estado de São Paulo até o norte do Rio Grande do Sul ocupando
formações florestais. C3, C5, C6, C7, D6, D7, D8, E6: mata atlântica. Floresce de junho a novembro e frutifica de
dezembro a janeiro.
Segundo Barneby & Grimes (1996), A. edwallii e A. polycephala são espécies muito próximas e os caracteres morfológicos distintivos entre elas são pouco consistentes: A. edwalli diferencia-se pela inflorescência axilar de menor dimensão não exposta fora da folhagem, como em A. polycephala, bem como pelas flores periféricas com maior número de estames (20-25×9-14). No presente material, A. edwallii diferencia-se pelo indumento densamente
tomentoso ferrugíneo dos ramos e da raque foliar, pinas com menor número de jugos e flores periféricas pediceladas
(0,5-1mm).
Fonte: TAMASHIRO, J. Y. & ESCOBAR, N. A. G. Subfamília Mimosoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 84-166, 2016.