Trepadeiras herbáceas, volúveis, com pubescência hirsuta, branco-amarelada a amarelo-ferrugínea, tricomas retrorsos; estípulas triangulares, pubescentes.
Folhas pecioladas, pecíolos 1,6-4,5cm; estipelas estreitotriangulares a subuladas, pubescentes; folíolos 2,4-9,5×1- 3,5cm, oblongos a largo-oblongos, ápice agudo, obtuso ou arredondado-mucronado, base arredondada, densamente
pubescentes na face dorsal e fracamente pubescentes na face ventral, pubescência branca a branco-amarelada, nervuras evidentes em ambas as faces.
Inflorescência racemo axilar, mais longa que as folhas; brácteas 1,5-2,5mm, triangulares, pubescentes. Flores azuladas ou lilases, 4,5-7mm; bractéolas 1,3-2mm, estreito-triangulares, pubescentes; pedicelos 1,2-2,5mm, curtíssimos; cálice 4-6mm, lacínias 5, estreito-triangulares, as duas vexilares mais unidas; estandarte 5-6,5×2,7-4mm, obovado, bordos ondulados; asas 3,6-6mm; pétalas da quilha 3-3,5mm.
Fruto 3-5,5×2,5-3,2cm, castanho ou marrom, pubescência hirsuta, ferrugínea; sementes 1,4-1,8×2,6-3,4mm,
subretangulares, marrons a castanho-avermelhadas, lisas, brilhantes.
Com distribuição na África, México, Antilhas, América Central e América do Sul tropical. No Brasil a espécie é encontrada desde o norte até os estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo (Skerman et al. 1991; Otero 1961). B6, D6, D7, D9, E4, E6, E7: bordo de mata, beira de estrada, campo, em local sombreado. Floresce de janeiro a maio (setembro) e frutifica de fevereiro a julho.
Teramnus uncinatus é uma espécie que apresenta ampla variação morfológica, principalmente quanto ao tipo e coloração do indumento, forma e tamanho de folíolos e tipo de inflorescência. São reconhecidas três subespécies: a subsp. uncinatus, citada como nativa para o México, América Central, América do Sul, inclusive o Brasil, e cultivada na África, e duas ocorrendo exclusivamente na África, subsp. axilliflorus (Kotschy) Verdc. e subsp. ringoetii (De Wild.) Verdc.
Espécie com folhagem palatável, com grande valor forrageiro, apreciada especialmente pelo gado cavalar no Brasil e América Central.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.